Humberto sai fortalecido na disputa pela presidência estadual do PT e ganha fôlego na busca pela reeleição
Os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, que andaram se estranhando nas discussões internas do PT sobre a escolha do novo presidente da sigla no estado, fumaram o cachimbo da paz esta quinta-feira quando o candidato de Teresa, Messias Melo, ex-presidente da CTU, retirou seu nome da disputa e apoiou o candidato de Humberto, o deputado federal Carlos Veras, atualmente 1.o secretário da Câmara dos Deputados e que fica com a estrada pavimentada para vencer a eleição marcada para o dia 06 de julho. Ainda permanecem candidatos a presidente o deputado federal Fernando Ferro e o vereador do Recife Osmar Ricardo.
Teresa segurou seu candidato até que a CNB, a tendência do partido controlada no estado por Humberto e majoritária não só a nível local como nacional, manteve três postulantes, o que ela criticou amplamente. Quando houve a unificação em torno de Veras, em reunião da CNB na qual Humberto estava presente no final da tarde desta quinta, ficou claro que o nome posto pela senadora deveria se unir ao deputado federal. Até porque, antes disso, Veras também recebera o apoio do grupo do dirigente recifense Oscar Barreto, através da sua candidata Prazeres Barros, que retirou o nome da disputa.
Comenta-se nos bastidores petistas que a CNB colocou três nomes nas preliminares – os outros foram Sérgio Goiana e Márcia Conrado – para chegar unida e com força nas negociações finais. E foi o que acabou acontecendo. Há quatro anos, por exemplo, quando Humberto conseguiu eleger o atual presidente, o deputado estadual Doriel Barros, Teresa teve um candidato que disputou até o final com Doriel. Carlos Veras disse a este blog, após a reunião da noite desta quinta, que ainda acredita no consenso até o dia da eleição mas adiantou: “se não estivermos todos juntos no processo eleitoral, estaremos na construção partidária após o pleito, o que é mais importante”.
Ferro mantém-se crítico
O ex-deputado federal Fernando Ferro que esta semana declarou a este blog que não iria à reunião de unificação porque o PT tinha se transformado em um “sócio menor do PSB”, disse que mantém seu nome. “Não fui à reunião porque fui avisado de que fizeram um encontro de gabinete e definido tudo. Só iria se fossemos debater os procedimentos pra garantir um PED organizado, democrático e participativo. Jamais participaria de um conchavo despolitizado desse”.
Eleição nacional ajudou
Uma liderança petista disse, em off, que o fato de Humberto, atual presidente do PT a nível nacional, estar apoiando a candidatura a presidente da sigla do ex-prefeito Edinho Silva, favoreceu o entendimento local pois Teresa também apoia Edinho. Essa mesma liderança lembrou que Fernando Ferro apoia o candidato a presidente nacional Rui Falcão, o que poderia estar impedindo uma união dele com os demais.
Recife sem acordo
Apesar da união de Humberto e Teresa a nível de estado, no Recife eles não se entenderam. O candidato de Humberto é o ex-vereador da capital Jairo Brito e o de Teresa é o atual presidente Cirilo Mota. Teresa, cada vez mais próxima do prefeito João Campos, se uniu ao dirigente municipal Oscar Barreto que também apoia João Campos.
Veras consegue dobrar a resistência de Fernando Ferro e Osmar Ricardo até o dia 06 de julho?
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