Eleições 2022

Voto Jovem/Datafolha: Lula tem 51% entre jovens de capitais, ante 20% de Bolsonaro

As pesquisas de opinião seguem ouvindo os eleitores país afora. A semana começou com o Ipespe-XP , seguida pelo Datafolha e outras mais que virão deixando uns contentes e outros descompensados. Sabemos que todas as eleições provocam entusiasmos e geram conflitos, com grupos querendo desacreditar as pesquisas, enquetes, levantamentos, estudos. A Folha de São Paulo estampa hoje dados curiosos do Datafolha: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa para a sucessão de Jair Bolsonaro (PL) entre adolescentes e jovens de 12 capitais. O petista tem 51%, ante 20% do presidente e 12% do pedetista Ciro Gomes.

O instituto fez perguntas sobre eleição e política a pessoas de 16 a 29 anos nos dias 20 e 21 de julho, numa pesquisa à parte de seu levantamento periódico sobre a corrida presidencial, que está sendo realizado nesta semana em todo o país e será divulgado na tarde desta quinta-feira (28).Nesta pesquisa em separado com jovens, foram ouvidos 935 eleitores desta faixa etária em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia, Brasília, Manaus e Belém.

A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, e o trabalho está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 05688/2022.O resultado guarda semelhança com o aferido nacionalmente na rodada anterior da pesquisa ampla do Datafolha, ainda que os levantamentos não possam ser diretamente comparáveis.Em junho, o estrato mais jovem da amostra da pesquisa, de 16 a 24 anos, apontava Lula com 54%, Bolsonaro com 24% e Ciro, com 10%. Esse grupo representa 15% da população.Essa pesquisa à parte mostra outros candidatos bem abaixo, repetindo a tendência nacional.André Janones (Avante) tem 2%, Simone Tebet (MDB), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) somam 1%. Não pontuam Eymael (DC), Luciano Bivar (UB), General Santos Cruz (Podemos) e Felipe D’Ávila (Novo).

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado é questionado sobre sua preferência sem ter uma lista de candidatos à mão, Lula tem 41% de citações, Bolsonaro, 17%, e Ciro, 3%. Aqui, 25% dizem não saber ainda em quem votarão e 13%, que não apoiarão ninguém.​Lula tem melhor desempenho entre jovens mulheres: 58%, ante 16% de Bolsonaro e 10%, de Ciro. Entre homens, marca 44%, enquanto o presidente tem 24% e o pedetista, 14%.

O atual ocupante do Planalto ultrapassa numericamente o antecessor entre evangélicos, num empate técnico improvável no limite máximo da margem de erro no qual tem 36% e Lula, 30%.O Datafolha quis saber as preferências dos jovens no primeiro turno de acordo com seu posicionamento político declarado, que se mostrou homogêneo: 32% se dizem de esquerda, 30%, de centro, e 33%, de direita, os campos aqui compreendendo o espectro do centro ao extremo.

Entre os direitistas, Bolsonaro tem vantagem sobre Lula: 42% a 35%, com Ciro marcando 7%. Previsivelmente, na esquerda o petista marca 78% das intenções de voto, seguido pelo pedetista (11%) e pelo presidente (4%). No centro, o ex-presidente tem 40%, o ex-ministro 19% e o presidente, 14%.Em uma simulação única de segundo turno, entre Lula e Bolsonaro, 61% dizem votar no petista e 27%, no candidato do PL. Os votos de Ciro Gomes aqui vão majoritariamente para Lula, com 52% de seus apoiadores dizendo votar no ex-presidente e 25%, no atual.

O presidente é o candidato mais rejeitado, entre os principais concorrentes. Não votariam de jeito nenhum nele 67% dos ouvidos, ante 32% que falam o mesmo de Lula e 22%, de Ciro Gomes.Tal percepção é ainda superior à rejeição ao governo de Bolsonaro: consideram o titular do Planalto ruim ou péssimo 55%.Na população em geral, ressalvando que são pesquisas diferentes, em junho 47% o reprovavam. Para 31% dos ouvidos, Bolsonaro faz um governo regular, e apenas 13% o aprovam, considerando sua gestão ótima ou boa.

Sabemos que a campanha de Bolsonaro prepara a primeira-dama , Michele para participar ativamente do pleito, cuja estreia já se deu na Convenção que homologou a chapa do marido. Michelle vem com a missão de falar e convencer as mulheres de que Bolsonaro é o melhor candidato. O Brasil tem no voto feminino um grande eleitorado nessas eleições de 2022. . Agora é preciso atrair os jovens . Poderão estes jovens seguir ouvindo Bolsonaro e seu grupo? Como vemos na pesquisa Datafolha parece esses votos já terem dono. Ou não?

Redação com veículos (Folha de São Paulo). Foto- Folha de São Paulo.

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