Vinda de Lula faz Marília ganhar fôlego nesse segundo turno embora Raquel continue bem à frente
A vinda de Lula a Pernambuco para apoiar Marília Arraes e a forma como isso se deu – com uma grande caminhada pelo centro do Recife – teve repercussão imediata nas pesquisas de intenção de voto. O levantamento da Real Time Big Data, publicado na noite desta terça-feira pela Tv Record, mostra que, nos votos validos, Raquel perdeu 5 pontos e Marília cresceu 5 pontos. Na pesquisa do mesmo instituto na semana passada Raquel teve, nos votos válidos, 61% e Marília 39%. Agora, também nessa mesma modalidade, Raquel caiu para 56% e Marília chegou a 44%.
A questão a se destacar neste momento é se o efeito Lula já mostrou os resultados que tinha que produzir ou se vai se estender mais. Como este blog previu, era natural um movimento de crescida de Marília e consequentemente de queda de Raquel após o primeiro momento em que a candidata do PSDB apareceu muito na frente. Depois da vinda de Lula, porém, a campanha de Marília teve uma parada – não houve atividades no final de semana- e Raquel produziu um grande ato em Caruaru no domingo reunindo deputados e prefeitos de todo o estado.
Está claro que um movimento de aproximação numérica entre as duas ainda está em curso, fazendo com que a disputa vá produzir muitas emoções até o dia 30. Pela frente tem entrevistas, debates e movimentos como o que Raquel vai fazer no próximo final de semana com prefeitos e vereadores de todo o sertão, em Petrolina. A vinda de Miguel Coelho para a campanha com quase 20% dos votos que teve no primeiro turno e de Anderson Ferreira, que ainda não se aproximou, pode render preciosos votos. A decisão da candidata de se declarar neutra na eleição presidencial a ajuda pois ela tem recebido muitos apoios à esquerda, mas, no primeiro momento, criou confusão entre os bolsonaristas, o que pode ter lhe subtraído alguns pontos percentuais.
Se a disputa apertar vai ser imprescindível o dia da eleição. Neste caso Raquel parte na frente com mais de 100 prefeitos para trabalhar na base, evitando abstenção. Marília nesse caso vai precisar contar com as bases do PSB se não continuar tratando o apoio do governador Paulo Câmara como fez no debate da Fiepe/CBN esta terça-feira.
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