Sucateado e sem comando definido, Metrorec causa caos na Região Metropolitana
Com a responsabilidade de transportar 180 mil passageiros/dia no Sistema de Transporte Metropolitano, o Metrô do Recife, que sofre processo de sucateamento há mais de 10 anos e está sem comando desde a posse do presidente Lula, sendo, interinamente, administrado por um grupo de funcionários, passou por colapso parcial esta segunda-feira quando, um incêndio em sua rede aérea, que alimenta a operação dos trens da Linha Centro, causou pânico, deixou usuários presos nos vagões, que não têm de ar condicionado, e implantou o caos na Região Metropolitana.
A situação pré-falimentar do Metrorec que precisa de R$ 2 bilhões, segundo especialistas, para ser recuperado, é responsável pelo próprio fato do órgão até hoje não ter presidente e nem diretores. Como tem andado devagar a decisão sobre o comando dos órgãos federais em Pernambuco e, aparentemente, não há grande disputa pela operação do metrô, o tempo correu e ninguém ainda foi nomeado. Ontem a este blog uma fonte petista informou que o Metrorec deve ser entregue ao PP mas ainda há possibilidade de serem atendidos outros partidos, como o MDB.
Diante de tal morosidade e do caos estabelecido, coube à governadora Raquel Lyra se pronunciar em suas redes sociais sobre o assunto: “as cenas vistas hoje no metrô do Recife são inaceitáves e simbolizam o abandono vivido nos últimos anos “ -disse ela. “Nosso Governo participará das apurações e seguirá dialogando com o Governo Federal, como já vem fazendo, em busca de melhorias urgentes para o metrô, inclusive quanto aos riscos que a população pernambucana está exposta todos os dias”.
Uma das saídas em estudo para o metrô é a ser sua recuperação, a transferência da concessão para o estado e, em seguida, se for o caso, sua privatização. Como aconteceu em Minas Gerais. Hoje, como é deficitário e sucateado, o metrô tem operado com base na abnegação dos funcionários. Apesar de ajudar em muito o sistema de transporte metropolitano, na medida em que não tem manutenção, ele acaba gerando muitos problemas e aumentando o déficit do transporte público. O estado de Pernambuco, como já fez no ano passado, está sendo obrigado a cobrir um buraco de R$ 400 milhões anuais para que os ônibus e o próprio metrô garantam as gratuidades. Este déficit, certamente, vai estar nas negociações que a governadora pretende fazer com o Governo Federal para dar uma solução ao problema criado por anos e anos de descaso e falta de sustentação.
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