Eleições 2022

Simone Tebet diz que polarização leva “o Brasil para o abismo” e promete governo de conciliação

Candidata a presidente por uma coligação de partidos – os principais são PSDB e MDB -a senadora Simone Tebet respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas em 40 minutos do Jornal Nacional esta sexta-feira. Sem receio de contrariar pessoas do seu próprio partido, o MDB, disse que eleita transformará o atual “presidencialismo de cooptação” em que as maiorias no Congresso são obtidas mediante instrumentos condenáveis como o Orçamento Secreto, em “presidencialismo de conciliação”, fazendo reformas e criando programas em parceria com governadores e prefeitos.

Indagada por Bonner sobre como conseguirá resolver o problema do orçamento secreto ela disse que “abrindo as contas, dando transparência para que os órgãos de controle e a imprensa fiscalizem para onde vão as verbas e quem enviou”. E concluiu: “não tenho dúvida de que se fizer isso ele acaba rapidinho”. Citou o exemplo de um município que chegou a declarar que tinha extraído 14 dentes de cada habitante para se credenciar a receber verbas e explicou que os recursos muitas vezes vão direto para o bolso das pessoas, nem obras são iniciadas.

Confrontada com a época em que foi vice-governadora do Mato Grosso do Sul onde a educação, que promete priorizar, não teria índices aceitáveis, ela explicou “nada se consegue fazer da noite para o dia, é um processo. Hoje o trabalho feito e continuado fez com que o Mato Grosso do Sul tenha alcançado um dos três primeiros lugares na avaliação feita pelo IDEB recentemente.

Ela prometeu implantar a paridade de salários entre homens e mulheres, garantir às mulheres 50% das vagas nos ministérios e, no plano social “erradicar a miséria, diminuir a pobreza ” explicando, de forma pormenorizada, como fará isso. Também disse que fabricará 1 milhão de casas populares, em parceria com governadores e prefeitos, pretende zerar em dois anos a fila de exames do SUS e continuar pagando o auxílio Brasil de R$ 600,00 a partir de janeiro. “Meu plano de Governo está nas mãos de alguns dos melhores economistas liberais do país” – concluiu, deixando claro que tudo que fala está calculado e com fonte segura de recursos.

Simone encerrou as entrevistas na Rede Globo com os presidenciáveis melhor avaliados nas pesquisas. O primeiro foi o presidente Bolsonaro, sabatinado na segunda-feira; um dia depois foi a vez de Ciro Gomes. Ontem o entrevistado foi o ex-presidente Lula.

Redação do Blogdellas. Foto: Reprodução TV Globo

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