Setembro Dourado: diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil pode garantir até 80% de cura

O câncer infantojuvenil ainda é a principal causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). No entanto, especialistas afirmam que o diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura para até 80%. Durante o mês de setembro, a campanha Setembro Dourado busca conscientizar a população sobre a importância de identificar os primeiros sinais da doença e iniciar rapidamente o tratamento adequado.

“Os principais sintomas do câncer em crianças incluem palidez, caroços, febre persistente, perda de apetite e manchas roxas pelo corpo. Ao notar a presença desses sinais, é essencial procurar um médico para uma avaliação detalhada”, orienta a oncohematologista pediátrica Daniely Feitosa, que integra a equipe do Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC). O NACC oferece suporte às crianças e suas famílias durante o tratamento nas unidades hospitalares de Recife.

De acordo com a médica Daniely Feitosa, o câncer infantil se diferencia do câncer em adultos por não estar diretamente associado a fatores ambientais, hábitos de vida ou hereditariedade. “O câncer infantil tem origem genética e, em alguns casos, está relacionado a outras condições pré-existentes”, explica. Os tipos de câncer mais comuns entre crianças e adolescentes são linfomas, leucemias agudas e tumores do sistema nervoso central.

NACC – Fundado em outubro de 1985, o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC), localizado no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife, desempenha um papel fundamental no suporte ao tratamento oncológico infantil. A instituição, mantida exclusivamente por doações e com a colaboração de profissionais e voluntários, oferece seus serviços de forma totalmente gratuita às crianças carentes em tratamento e suas famílias, garantindo que possam continuar o tratamento com dignidade. O NACC proporciona hospedagem, alimentação, cestas básicas, leite e suplementação alimentar, além de transporte e auxílio com passagens. As crianças também têm acesso a uma sala de aula, brinquedoteca e programas educativos, bem como acompanhamento por profissionais de nutrição, fisioterapia e odontologia, oferecendo um apoio completo para o tratamento.

Redação com assessoria Foto: divulgação

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