Senado fica mais fácil para

Teresa, André e Gilson

                       

Depois de perder a possibilidade de contar com dois fortes candidatos ao senado – Armando Monteiro e Mendonça Filho – a oposição, que trava uma luta ferrenha para ir ao segundo turno e enfrentar um dos dois candidatos a governador de esquerda ( Marília Arraes e Danilo Cabral) deixou o campo aberto para o senado cujos candidatos mais fortes agora passaram a ser Teresa Leitão(PT) e André de Paula(PSD). Correndo por fora, está Gilson Machado(PL), também de oposição, que tem o apoio de Bolsonaro, e pode até chegar lá, mas é bem mais difícil.

Esta quarta-feira, o pré-candidato Miguel Coelho, que perdeu a chance de ter como senador Mendonça Filho, o primeiro lugar em todas as pesquisas, anuncia como seu candidato ao posto o jovem empresário e advogado Carlos Andrade Lima, 40 anos. Raquel, que tinha em Armando Monteiro, segundo colocado nas pesquisas, um trunfo, viu com dissabor, sua indisposição  para entrar na disputa e tudo indica que completará sua chapa com a produtora rural Lucinha Mota, mãe da menina Beatriz assassinada de forma brutal em Petrolina, e que virou um símbolo de resistência.

Embora nada se possa descartar em uma eleição com tantos candidatos como a deste ano, Carlos e Lucinha devem ajudar, respectivamente, a Miguel, na Região Metropolitana, e a Raquel, no Sertão, mas não entram na disputa com perspectiva de vitória. É tradição em Pernambuco o governador e o senador serem do mesmo campo, a exceção aconteceu em 2006, quando Eduardo foi vencedor e a oposição elegeu Jarbas senador. Partidários de Raquel e Miguel argumentam que isso pode se repetir este ano, quando indagados se os desconhecidos candidatos ao senado não vão prejudicá-los na disputa pelo governo. Só o tempo dirá.

Razões da desistência

Por que Armando e Mendonça, mesmo aprovados nas pesquisas de intenção de votos não quiseram disputar? Na cabeça de quem não conhece os meandros da política a posição dos dois é incompreendida mas nos bastidores se sabe que alguns fatos pesaram: interessados em derrotar o PSB há muitos anos – chegaram a ir para o sacrifício em pleitos anteriores – eles defendiam que Raquel e Miguel deveriam se juntar, formando uma chapa que entendiam fortíssima. Lutaram por isso até o fim. Ainda na semana passada,apostava-se na possibilidade de Miguel ser o candidato a governador, Priscila a vice e Raquel senadora mas a ex-prefeita de Caruaru cravou a frase “o carro não tem marcha à ré” e deu por encerrado o assunto.

Trocar o certo pelo duvidoso

O segundo fato a pesar na decisão deles foi o desgaste de campanhas paralelas onde um poderia tirar votos do outro. As pesquisas feitas no plano interno indicavam também que a população deseja não só mudança mas renovação, como alegou ontem Armando, para justificar sua ausência do pleito. Mendonça fica mais confortável porque montou sua campanha de deputado federal e, com humildade, sempre deixou claro em todas as conversas que não se sentia bem fora da política, sobretudo do Congresso, onde sempre se destacou. Preferia, portanto, não trocar o certo pelo duvidoso.Teve seu desejo respeitado.

Em busca de benção

O pré-candidato a governador Miguel Coelho, que costuma sublinhar que é católico e não falta missa de domingo, esteve ontem com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido e seu auxiliar Dom Limacedo. Ao lado da candidata a vice Alessandra Vieira, Miguel pediu as bençãos do arcebispo e levou um terço para ele benzesse. Prometeu combater a pobreza e trabalhar em parceria nas obras sociais das igrejas, sempre que possível.

Marília em campo após Lula declarar voto a Danilo

A pré-candidata Marília Arraes(SD) parece não ter se abalado com as declarações do ex-presidente Lula de apoio ao pré-candidato Danilo Cabral (PSB). Continua de cidade em cidade conquistando apoios de arraesistas e lulistas, alguns de muita história junto ao PSB. Dois deles – o prefeito de Correntes, Hugo da Bahia, e o ex-prefeito de Limoeiro, João Luís, conhecido como Joãozinho – não só aderiram a ela como prometeram fazer sua campanha nas regiões que representam. Em Garanhuns, onde reuniu muita gente, Marília teve seu ato organizado pela vereadora Fany Bernal, expulsa do PT por liderar o grupo Optei Marília.

 

Fotos: Divulgação

E-mail:terezinhanunescosta@gmail.com

 

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