Sem entusiasmo, PT e PSB anunciam apoio a Marília deixando claro que a decisão foi de Lula

Ao receber o apoio oficial do PT esta sexta-feira, a candidata Marília Arraes falou em “reglutinação das forças progressistas” e se apresentou como “renovação a um governo de esquerda”, referindo-se à possibilidade de subir no mesmo palanque do PSB nesse segundo turno. Anunciado em entrevista coletiva o apoio do PT mostrou sinais de descoordenação. O senador Humberto Costa, que se desentendeu diversas vezes com a candidata no partido, sentou ao lado de Marília mas não se mostrava à vontade. Deixou claro que todos estavam ali para cumprir mais uma missão do ex-presidente Lula “Lula disse que o melhor caminho era esse de estar aqui com você”.

Em outro momento, provocado pela imprensa sobre o telefonema que Lula deu para João Lyra, pai de Raquel, ele confirmou que foram feitos contatos de lado a lado mas as conversas não prosperaram. Já o presidente estadual do partido, deputado Doriel Barros, afirmou que, após a decisão unânime da direção estadual de apoiar a candidata, vai procurar todos os filiados para tentar a unidade. Deixou claro, porém, que em casos pontuais (não citou quais mas é a questão dos prefeitos de Serra Talhada e Águas Belas que estão com Raquel) sabe das dificuldades de conciliação.

O PSB, por sua vez, ou coincidentemente, divulgou uma nota oficial ambígua em que fala sobre o resultado da eleição no estado, anuncia o apoio incondicional à candidatura de Lula, e por fim, conclui, sem citar o nome de Marília, que “nesse sentido, em Pernambuco, defendemos e indicamos, no segundo turno, das eleições para o Governo do Estado, a candidatura que for apoiada pelo presidente Lula e que simbolize esses valores”.

Marília estava visivelmente satisfeita com os seus apoios, até porque criticou muito na campanha, tanto o PSB como a direção estadual que apoiaram o candidato a governador Danilo Cabral. Sorridente, abraçou a todos e agradeceu. Antes passou na casa da senadora eleita Teresa Leitão – que se recupera de uma cirurgia no fêmur – onde estavam todos os dirigentes petistas. Pousaram então para um foto conjunta e de lá rumaram para a sede do partido onde a imprensa os aguardava.

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