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Relatório da OIT : estresse térmico afeta saúde de trabalhadores no mundo

O estresse térmico está afetando significativamente a saúde e segurança dos trabalhadores, devido às temperaturas mais altas e às ondas de calor frequentes e severas. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que 70,9% da força de trabalho global, cerca de 2,4 bilhões de pessoas, enfrentam o risco de calor excessivo em suas rotinas.

No Brasil, mais de 20 milhões de trabalhadores, principalmente em setores como agropecuária, limpeza urbana, reciclagem e transporte, correm maior risco de desenvolver doenças como câncer de pele, doenças cardiovasculares, respiratórias e doenças transmitidas por vetores, como a dengue. Isso ocorre devido à exposição prolongada ao sol, altas temperaturas e radiações.

Vinícius Pinheiro, Diretor da OIT no Brasil, em entrevista ao canal de notícias da ONU, destacou a necessidade de medidas adaptativas para enfrentar essa nova realidade climática. Ele ressaltou que, apesar do sistema regulatório avançado do Brasil, a economia informal, que é a mais vulnerável, não se beneficia dessas regulamentações. É essencial o uso de equipamentos adequados e a adequação da jornada de trabalho para evitar picos de calor. Além disso, é necessário conscientizar e incorporar materiais de proteção.

Segundo a ONU, o calor mata quase meio milhão de pessoas por ano, número 30 vezes maior do que o de mortes causadas por ciclones tropicais. Um relatório da OIT divulgado em julho passado prevê que, com temperaturas acima de 34°C, a produtividade do trabalho cai 50%, e o estresse térmico no ambiente laboral poderá custar US$ 2,4 trilhões à economia global até 2030.

Redação com assessoria Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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