Raquel tem apoio de mais de 100 prefeitos, 10 deputados federais e 25 estaduais

Apesar de no primeiro turno só ter contado com o apoio de dois prefeitos – Rodrigo Pinheiro, de Caruaru, e Elcione Ramos, de Igarassu – a candidata Raquel Lyra já conseguiu, nesses primeiros dias de segundo turno, a adesão de mais de 100 dos 185 prefeitos pernambucanos, de 10 dos 25 deputados federais eleitos (quatro ainda não se pronunciaram) e 11 estão com Marília; e de 25 dos 49 deputados estaduais eleitos. Segundo a assessoria da candidata, há ainda os casos de deputados estaduais que não conseguiram se eleger mas continuam no mandato e declararam apoio à candidata.

A extensão dessas adesões, que ficaram expressas no ato público deste domingo, em Caruaru, foi resumida por um dos prefeitos presentes, Ricardo Ramos, de Ouricuri. Ele disse ao blogdellas que, na sua região, o sertão do Araripe, Raquel tem hoje sete prefeitos a seu lado e Marília apenas dois (os de Araripina e Santa Cruz). No sertão do São Francisco, onde 70% dos votos foram para o candidato Miguel Coelho, que agora está com a ex-prefeita, Raquel tem 5 prefeitos, incluindo o de Petrolina, e Marília dois (Cabrobó e Orocó).

Segundo o deputado federal Daniel Coelho, um dos coordenadores da campanha de Raquel, hoje ela ganha de Marília em todo o interior na disputa pelo apoio dos prefeitos. Outra região onde a diferença está expressiva, é o agreste, seguido das duas matas. Na Mata Norte fecharam com Raquel 12 prefeitos. Marília tem 4 e existe um indeciso: o prefeito de Goiana que já publicou foto com as duas candidatas em suas redes sociais. Só na Região Metropolitana, Marilia ganha de Raquel em número de prefeitos, incluindo o de Recife João Campos. Ela tem hoje 8 prefeitos e Raquel 6. ”Aqui o que conta mais é voto de opinião, sobretudo no segundo turno.” Justifica Daniel.

Luquel é o voto majoritário no interior

O mesmo prefeito de Ouricuri, que já colocou em suas redes foto dele com Lula e Raquel, afirma que o que vai predominar no interior é o voto em Lula presidente e Raquel governadora. “Lula é muito forte em nossa região e vamos casar seu voto com o de Raquel” – afirma ele, exemplificando a situação “no meu município no primeiro turno Lula teve 29 mil votos e Bolsonaro 4 mil. É assim em grande parte do interior. Ele sorriu satisfeito quando, no ato de Caruaru, Priscila Krause falou nas pessoas “que votam em Lula e Raquel e em Bolsonaro e Raquel” – contemplando os dois lados.

As dificuldades de Raquel

Devido ao desconhecimento da ex-prefeita no interior, sobretudo no sertão, muitos prefeitos desejam que ela vá pelo menos rapidamente em suas cidades. Raquel deixou claro, no entanto, que o tempo e os problemas que tem enfrentado, não permitem que ela vá a todas as regiões. Não está definido nem se ela vai aos maiores municípios. No segundo turno, no entanto, a guerra é mais municipal do que estadual. Os prefeitos fazem questão de dar majoritariamente o voto às suas candidatas para não se enfraquecer para a disputa local de 2024. Já a oposição, pelo contrário, luta pela sua candidata para impor uma derrota ao prefeito. Como só tem dois nomes em questão onde Raquel tem o prefeito Marília tem a oposição e vice-versa.


Sertânia é exemplo de como funciona o segundo turno

O município de Sertânia, no sertão do Pajeú, é exemplo do que significa o voto local. No primeiro turno, o prefeito do PSB, Ângelo Ferreira apoiou Danilo no primeiro turno e a oposição, comandada pelo ex-prefeito Guga Lins, ficou com Marília. Agora no segundo turno, Ângelo anunciou apoio a Marilia e Guga, de imediato, aderiu a Raquel. Impossível colocar os dois no mesmo palanque. Questão de sobrevivência eleitoral.

Perguntar que não quer calar: O que houve este domingo que Marília não postou nas redes nem sua assessoria entrou em contato com a imprensa?

Foto: Leôncio Francisco/Divulgação

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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