Raquel propõe à Alepe aumento de 46% para os secretários estaduais que passariam a receber R$ 18 mil mensais

 

Além do aumento de 43% para servidores da área de educação, a governadora Raquel Lyra decidiu reajustar os salários dos cargos comissionados do poder executivo, conforme proposta que enviou para a Assembléia Legislativa, e que está anexa ao projeto de reforma administrativa que começa a ser analisado esta terça-feira pelos deputados estaduais. Se o projeto for aprovado, os secretários passam a receber subsidio mensal de de R$ 18 mil, um aumento de 46% em relação à gestão Paulo Câmara, quando o secretário recebia R$ 12.261,00.

Os reajustes propostos para os demais cargos comissionados a nível de DAS foram mínimos ou não ocorreram. O DAS 1, por exemplo, o chamado secretário executivo, em número de 117, ganhava R$ 11.561,00 na gestão anterior e nesta passará a receber 13.000,00, um aumento mínimo. Os DAS 2, 3, 4 e 5 não terão reajuste, vão continuar ganhando R$ 8.478,00, R$ 7.129,00, R$ 6.56100 e R$ 5.395,00, respectivamente. Todos os demais cargos em comissão também não tiveram reajuste. Como só tem 27 secretários no estado o aumento de 46% vai representar pouco nas despesas gerais com o pagamento do funcionalismo, segundo fonte próxima à governadora.

Raquel se queixou bastante, depois de eleita, da dificuldade de conseguir bons quadros técnicos para compor o secretariado por conta dos baixos salários pagos pelo estado a esses profissionais. Nesse momento resolveu conceder aumento expressivo para convencer as pessoas que estava procurando. No caso dos secretários cedidos por outros órgãos e que desejem continuar recebendo os salário dos órgãos de origem, terão direito a no máximo 80% do valor do cargo comissionado. O reajuste de 43% nas funções gratificadas da área de educação limitam a R$ 3 mil o valor a ser pago.

Alepe e a Reforma

Só ontem foi publicado no Diário Oficial da Assembléia o texto do projeto de Reforma Administrativa de Raquel. Esta terça-feira o presidente Eriberto Medeiros instala oficialmente o procedimento de análise do texto pelas três principais comissões da casa – Justiça, Finanças e Administração. Também será aberto o prazo de 5 dias para apresentação de emendas. Só depois é que a matéria vai poder ser votada em plenário.

Raquel ajuda às Forças Nacionais de Segurança

A governadora Raquel Lyra enviou a Brasília mais de 50 oficiais da PM para garantir o fortalecimento da Força Nacional de Segurança, como foi solicitado pelo Governo Federal. Pernambuco já tinha 14 PMs nessas Forças que eram deslocados para qualquer parte do país sempre que necessário. Agora subiram para 64 os PMs estaduais disponibilizados. Raquel participou ontem de reunião em Brasília com o presidente Lula, o STF, os presidentes da Câmara e do Senado e os demais governadores para analisarem juntos a situação.

Múcio e Dino na berlinda

Exaltado como um dos melhores quadros do ministério de Lula, o ministro pernambucano José Múcio vem sofrendo críticas. Tanto ele quanto o ministro da Justiça Flávio Dino vêm sendo apontados pela imprensa e por analistas da área de segurança como culpados por terem deixado tudo nas mãos do Governo Federal que, como se vê, não era confiável. O menos que se diz dos dois é que foram ingênuos. A punição imposta ao governador Ibaneis Rocha, afastado do cargo por 90 dias, fez crescer a pressão contra os dois.

Lula com força

Após o vandalismo em Brasília, o presidente Lula recebeu tanto apoio internacional e a solidariedade dos principais chefes de estado do mundo que, em termos normais, ia precisar se esforçar por anos para conseguir. Já os bolsonaristas devem estar lamentando “depois da queda, o coice”. Inúmeros estão nas redes sociais se dizendo traídos pelo líder e pelas Forças Armadas.

Pergunta que não quer calar: o que desgastou mais a imagem do Brasil no Exterior – a ação dos golpistas ou o fracasso da área de segurança que não conseguiu proteger as sedes dos três poderes?

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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