Raquel e Eduardo Leite ganham proeminência nacional, podendo influir no futuro do país
Páginas amarelas da revista Veja, entrevistas nas emissoras Globonews, CNN e na Folha de São Paulo, com direito a chamada primeira página. Tem sido esse o caminho da nova governadora Raquel Lyra desde que venceu a eleição, chamando a atenção do país, entre outros motivos, por ter derrotado em Pernambuco a candidata de Lula, Marília Arraes. Com discurso conciliador, o que lhe permitiu a façanha de conseguir votos de petistas e bolsonaristas sem se comprometer com qualquer um dos dois grupos, Raquel também tem se sobressaído por formar, ao lado do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, jovem como ela, uma dupla social-democrata em um país conturbado politicamente e dividido.
Ela e Eduardo, que tiveram um primeiro encontro este final de semana em São Paulo, estão sendo cultuados como lideranças proeminentes de centro e necessários para ajudar na conciliação política que vai ser tentada a partir de agora. A vitória dos dois animou sobremaneira o PSDB por uma característica relevante: assim como Raquel derrotou o lulismo no seu berço mais significativo que é Pernambuco, Eduardo derrotou o bolsonarismo no Rio Grande onde o PL também é muito forte. Os tucanos, derrotados em São Paulo, onde o PSDB nasceu, não podiam receber melhor presente quando já não se acreditava no seu soerguimento. Tanto que uma reunião da executiva nacional, presidida pelo pernambucano Bruno Araújo, está sendo agendada para recebê-los e, sobretudo, ouvi-los sobre o futuro do partido e do país.
A relevância que Raquel tem ganhado na imprensa e na política nacional não é à toa. Pernambuco sempre formou líderes capazes de influir no processo político brasileiro, seja à direta, seja à esquerda, e ela como primeira mulher a chegar lá, até agora tem agradado por saber o que quer, como falar e se posicionar. Meio caminho andado para ganhar espaço. Se, além de tudo, fizer uma boa administração terá carimbado o passaporte para figurar tão alto quanto, em tempos remotos, estiveram Miguel Arraes, Marco Maciel, Jarbas Vasconcelos, Roberto Magalhães e Eduardo Campos. Tem tempo para chegar lá.
Priscila volta à Alepe
Membro da Comissão de Justiça da Assembléia Legislativa, a deputada estadual Priscila Krause compareceu esta terça-feira à reunião do colegiado onde muitos projetos foram debatidos e votados, incluindo os de suplementação orçamentária. Horas antes de ser oficializada pela governadora Raquel Lyra como coordenadora da transição, em nome da nova equipe que vai sentar à mesa com os indicados do governador Paulo Câmara, Priscila falou o estreitamente necessário na reunião. Agradeceu os parabéns que recebeu e se retirou sem conversar com ninguém.
Teresa Duere cotada
Ontem, nos corredores da Alepe, o assunto mais comentado foi a possibilidade da conselheira do Tribunal de Contas, Teresa Duere, vir a fazer parte da equipe de Raquel. Preparada e conhecedora profunda do funcionamento da máquina pública, caso venha a ser convidada e aceitar, Teresa vai precisar antecipar sua aposentadoria no TCE prevista para o final do primeiro semestre do ano que vem.
Marília na ativa
A deputada federal Marília Arraes já voltou ao batente na Câmara após o encerramento do processo eleitoral. Esta terça-feira anunciou nas redes sociais que assinou, como co-autora, projeto da deputada federal Maria do Rosário, criando o Dia Nacional de Levante contra o Feminicídio. A data escolhida, ainda a depender de aprovação dos deputados, foi o dia 25 de março. Para Marília a data será “um dos instrumentos fundamentais de conscientização da sociedade sobre a necessidade de defender o direito à vida de todas as mulheres”.
Covid ameaça
O aumento dos casos de Covid-19 em Pernambuco acendeu o sinal de alerta. Ontem na maternidade do Cisam, destinada a gestantes de risco, uma gestante testou positivo e 7 bebês também. As unidades do IFPE aconselharam os alunos a voltar a usar máscara e o mesmo pode ser feito nas Universidades. É possível que as escolas privadas e oficiais venham a fazer o mesmo se aumento de casos se mantiver.
Pergunta que não quer calar: quem vai ocupar os dois ministérios que o PSB reivindicou ao presidente Lula?
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