Raquel começa a fazer política empossando esta quarta-feira secretário indicado pelo PDT
A governadora Raquel Lyra, que fez questão de compor um secretariado apolítico, empossa esta quarta-feira seu primeiro auxiliar direto indicado por uma legenda partidária, no caso, o PDT. O fato ocorre dois depois que o PDT se afasta em definitivo do PSB, no Ceará, após a saída do senador Cid Gomes da legenda que o elegeu para ingressar no ninho socialista. O secretário é Ismênio Bezerra, indicado pelo ex-deputado federal Wolney Queiroz, e vai ocupar a pasta da Criança e Juventude.
Como este blog revelou no mês passado, o nome escolhido pelo PDT para entrar na base da governadora não foi a vice-prefeita Isabela de Roldão, como se chegou a especular após um encontro de Raquel com a mesma em Brasília durante audiência com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Isabela não se dá bem com Wolney, que é presidente estadual do PDT, e seu pai, o ex-prefeito de Caruaru e atual candidato ao mesmo posto, José Queiroz.
O novo secretário já atuou no Governo do Ceará, na gestão do atual senador Cid Gomes e no momento respondia pela assessoria parlamentar do Ministério da Previdência Social onde Wolney é secretário executivo. Depois do PDT, a governadora trabalha para incluir na sua base o MDB – as conversas estão avançadas – e o PRD (partido que surgiu da fusão do Patriotas com o PTB). O dirigente estadual do PRD é Fabinho Lisandro, candidato a prefeito de Salgueiro, com o apoio da governadora. O vice-líder do Governo Raquel na Alepe, deputado Joãozinho Tenório, foi eleito pelo Patriotas e está, portanto, no PRD. Já o vereador Recife, Gilberto Alves, também pertence à mesma legenda e apoia João Campos.
Repercussão em Caruaru
A chegada do PDT no Governo Raquel vai dar o que falar no município de Caruaru onde o atual prefeito, Rodrigo Pinheiro, deixou o PSDB (mesmo partido da governadora) e ficou sem legenda. Este blog apurou que a governadora não deve se precipitar já definindo agora como vai se portar na eleição do seu município. Rodrigo acabou ficando em maus lençóis quando negociou a filiação no Republicanos, partido do ministro Sílvio Costa Filho e não teve confirmada sua pretensão.
Se, por acaso, definir-se pela candidatura de Queiroz que a apoiou no segundo turno em seu primeiro mandato como prefeita, Raquel poderá subir no mesmo palanque do presidente Lula. Lula já firmou apoio a Queiroz e, nos bastidores, conseguiu convencer Sílvio Filho a apoiá-lo também, tirando de Rodrigo a possibilidade de se apresentar, como pretendia, como candidato de um partido aliado ao presidente.
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