Racismo: Madrinha do príncipe William foi demitida por ter questionado ofensivamente uma ativista negra britânica

 

O Rei Charles 3º antecipou a demissão de Hussey, que é madrinha do príncipe William e, durante seis décadas, foi dama de companhia da rainha Elizabeth 2ª e uma de suas assistentes de maior confiança, além de amiga do novo monarca de 74 anos, que a designou para acompanhar sua esposa, a rainha consorte Camilla.

Hussey questionou, ofensivamente, a origem de Fulani, nascida e criada no Reino Unido, que disse que tentou dar o benefício da dúvida à funcionária do palácio. “Mas logo entendi que não tinha nada a ver com sua capacidade de compreensão”, afirmou a ativista à rádio BBC nesta quinta-feira (1º).Hussey perguntou repetidamente a Fulanide onde ela era “realmente”, recusando-se a aceitar sua explicação de que era britânica.”Ela estava realmente tentando fazer com que eu renegasse minha nacionalidade britânica”, denunciou Fulani, enquanto muitos outros britânicos negros compartilharam experiências igualmente racistas nas redes sociais e na mídia tradicional.

A controvérsia sobre os comentários preconceituosos ocorre no pior momento para a família real britânica, que busca modernizar sua imagem após as acusações do príncipe Harry e o anúncio da publicação, em breve, de sua autobiografia.

A deputada trabalhista Diane Abbott, a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Câmara dos Comuns, na década de 1980, considerou “realmente chocante” que a identidade de uma britânica negra pudesse ser questionada dessa maneira.No entanto, ela afirmou à Times Radio que Buckingham fez “avanços” na diversidade na última década. Antes, “eles teriam dito que ela [Fulani] era muito sensível e simplesmente rejeitariam” sua denúncia, disse Abbott.O palácio parece ter aprendido a lição, especialmente desde o ano passado, quando Harry, de 38 anos, e sua esposa negra, Meghan, de 41 anos, acusaram um membro da realeza não identificado de se preocupar com a cor da pele de seu futuro filho.William respondeu “Não somos uma família racista”, mas Elizabeth 2ª afirmou que o assunto seria tratado “em privado”.A casa real também começou a publicar dados sobre a representação étnica de sua equipe, reconhecendo que precisava melhorar.O escritor Christopher Andersen, autor do livro The King: The Life of Charles III (O Rei: A vida de Charles 3º, em tradução livre) revelou novas manias do monarca britânico na obra, que será lançada em 8 de novembro. Conhecido por ter práticas curiosas e ser ‘um dos soberanos mais excêntricos que a Grã-Bretanha já teve’, segundo Andersen, necessitando que o pijama que utiliza seja passado todas as manhãs, o filho de Elizabeth 2ª é extremamente rigoroso em relação aos próprios hábitos. Saiba quais são 7 exigências de Sua Majestade

Redação com veículos – Fotos: Divulgação

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