“Racismo e misoginia”, diz governo sobre caso de expulsão de mulher em voo

O Ministério das Mulheres considera o caso da passageira Samantha Vitena uma demonstração de racismo e misoginia no Brasil. Nota da pasta na tarde deste sábado sobre a situação, afirma que esta é uma violência estrutural às mulheres negras no Brasil. Por isso, pedirá providências à Polícia Federal (PF).

Em um voo da Gol que saía na madrugada desta sexta para sábado (29/4), de Salvador rumo a São Paulo, a passageira se recusou a despachar a bagagem de mão, segundo ela, por medo de que o notebook fosse danificado no transporte. Com a ajuda de outros passageiros, ela conseguiu encaixar a mochila no bagageiro superior. Poucos tempo antes da decolagem, policiais federais a abordaram para detê-la.

“Ela foi retirada da aeronave por três homens da Polícia Federal cerca de uma hora depois de o problema da bagagem ter sido resolvido, conforme seu relato e o de testemunhas. A cena é uma afronta a Samantha e a todas as mulheres negras”, declarou o ministério.

A pasta se posicionou em defesa de Samantha e afirmou que além de providências legais, pedirá que a PF “peça desculpas e explicações após a abordagem”. Mas não mencionaram nenhum contato com a companhia aérea.

A Gol alega que a cliente “não aceitou a colocação de sua bagagem nos locais destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo”.

Redação com veículos. Foto: Divulgação

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