Presidente da Alepe denuncia “descabidas investidas” do Executivo na casa e cita vice-governadoria e casa civil
De volta de viagem ao Exterior, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto, fez um duro pronunciamento na tribuna esta segunda-feira, no qual denunciou “perigosas tentativas de interferência” na casa por parte do poder executivo durante sua ausência “no processo de composição das comissões permanentes e eleições para a presidência desses colegiados”. Ele citou especificamente a vice-governadoria, ocupada pela ex-deputada Priscila Krause e a Casa Civil, comandada pelo secretário Túlio Vilaça”.
Igualmente pertinente foi a reação dos deputados governistas que também se pronunciaram sobre o episódio (matéria a seguir) se contrapondo ao que dissera o presidente e realçando um aprofundamento da crise que se instalou no episódio das comissões, quando levou a Oposição a ocupar 14 das 17 presidências de comissões. Álvaro disse que “Intromissão de ordem alguma” será admitida nesta casa. Seja procedente de outro poder ou mesmo de qualquer instituição que pretenda dar as cartas nos assuntos inerentes ao Legislativo”. E concluiu que “as investidas foram desrespeitosas, inconvenientes, e só contribuíram, infelizmente, para a indesejada fragilização das relações entre os poderes”.
Segundo ele, “tais articulações foram feitas com o aval e a participação da vice-governadora e de um dos seus assessores. Tudo inacreditavelmente tramado dentro da Casa Civil. Inclusive, é importante frisar, que assessores do Palácio vieram aqui na Assembléia até mesmo para protocolar mudanças em bloco partidário. Quer dizer, o Executivo quer assumir o papel dos deputados e das lideranças. Mas esta casa não aceita e não aceitará este tipo de intromissão”.
– Do mesmo modo – disse – a Alepe rechaçou e rechaça a desrespeitosa decisão do Palácio das Princesas de enviar assessores para circular ostensivamente nas reuniões que trataram da formação das comissões. Esta conduta, é bom frisar, foi truculenta, inapropriada, intimidatória e, principalmente, ofensiva à Casa”. Ele acusou ainda o Governo de “envolver os deputados na confecção de uma carta de repúdio a decisões tomadas pela presidência com o devido respaldo dos pares e do Regimento Interno”.
Concluiu que a carta, que acusava o presidente interino, deputado Rodrigo Farias, do PSB, “teve o intuito de atingir a mim e à Assembleia”. Acusou a Casa Civil de não cumprir o que é proposto à Alepe. Afirmou ainda “não abriremos mão da nossa independência nem fugiremos das prerrogativas de legislar e fiscalizar, dentro do que reza o Regimento Interno”.
Redação Blogdellas Foto: divulgação
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