Presidente da Alepe denuncia caos na saúde e cita recém-nascido baleado no Barão
O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, denunciou esta segunda-feira no plenário da casa o que chamou de “situação caótica e insustentável” da área de saúde do estado. Ele usou o fato de uma criança recém-nascida ter sido atingida de raspão na cabeça por uma bala perdida quando estava com sua mãe no quinto andar do Hospital Barão de Lucena. “Isso é um descaso e uma desumanidade”- disse Álvaro explicando que o problema do Barão é antigo e foi denunciado há mais de 5 meses pelo Cremepe que recorreu à justiça para que medidas mínimas fossem tomadas para funcionamento do hospital.
O presidente foi aparteado pelos deputados de oposição Dani Portela(PSOL); Sileno Guedes, Diogo Moraes e Rodrigo Farias (PSB), todos concordando com o pronunciamento e exigindo, mais uma vez, a substituição da secretária de saúde. Já o deputado Antonio Moraes(PP) falou em nome do Governo dizendo que o problema que atinge a saúde é sazonal, decorrente das doenças, sobretudo respiratórias, e que atinge também o setor privado onde não há leitos de UTI pediátrica disponíveis”. Disse ainda que “o Governo não está de braços cruzados”.
Segundo Moraes, “nos últimos dias, o estado abriu 200 leitos de UTI pediátrica nas diversas regiões do estado” e, referindo-se ao Cremepe, afirmou que, em pelo menos em uma coisa que disse, o Conselho “faltou com a verdade quando afirmou que havia pediatras disponíveis no estado”. Disse que a secretaria de saúde fez um chamamento em janeiro para contratação de 30 pediatras e 11 intensivistas e só se inscreveram 12 pediatras e 5 intensivistas. E que dia 15 de maio foram abertas 11 vagas para cirurgiões pediátricos e só 7 se inscreveram”.
O deputado Sileno Guedes disse que “tudo que tem acontecido se deve, além da falta de gestão, à falta de recursos pois o estado deixou de investir R$ 1,2 bilhões na saúde este ano”.
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