Políticos e autoridades lamentam morte de J.Borges
O xilogravurista pernambucano José Francisco Borges, mundialmente conhecido como J. Borges, morreu na manhã desta sexta-feira (26), aos 88 anos. Segundo familiares, ele faleceu de causas naturais em sua casa na cidade de Bezerros, no Agreste do estado. Após o anuncio, diversas manifestações de pesar foram prestadas, através de notas e postagens em redes sociais.
Veja abaixo as notas de pesar:
Jarbas Vasconcelos, ex-governador de Pernambuco
“Foi com grande pesar que recebi a notícia do falecimento de J. Borges, artista pernambucano que contribuiu de forma única para a cultura popular brasileira. Suas xilografias, cordéis e poesias, que capturam a essência e a vivacidade da arte nordestina, seguirão inspirando a todos nós. Em nome de todos que, como eu, admiram seu trabalho e foram tocados pelo seu talento, expresso as mais sinceras condolências. Que a sua memória e todo o seu legado sejam sempre lembrados com carinho e respeito.”
Raquel Lyra, governadora de Pernambuco
“J. Borges levou Bezerros, o Agreste e Pernambuco para o mundo. E vai deixar uma saudade imensa. Mas a sua grandiosidade permanecerá aqui pelas mãos de seus filhos, discípulos e centenas de xilogravuras que representam tão bem a nossa cultura. Meus pêsames aos familiares e amigos.”
João Campos, prefeito do Recife
J. Borges gravou na madeira as histórias de um Nordeste realista, fantástico e armorial. Dono de um sorriso largo, era patrimônio de Pernambuco e gênio da cultura popular reconhecido no Brasil e no mundo.As novas histórias de cordéis deverão contar, em breve, a generosidade e a sensibilidade em tudo que fazia. Sabia unir seu olhar singular para a vida com uma capacidade indecifrável de retratar versos.Sempre que passava por Bezerros, no Agreste, fazia questão de vê-lo e de admirar a sua arte. A partida dele, deixa Pernambuco com o ‘coração na mão’, como ele mesmo gravou. Em toda parte, J. Borges vai deixar muita saudade.”
Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco
“Pernambuco e o Brasil perdem hoje um dos seus mais importantes artistas. Grande poeta, cordelista e xilogravador, J. Borges fez da sua arte instrumento para difundir e popularizar a cultura pernambucana e nordestina, retratando costumes, folguedos, o cangaço e a religiosidade de nossa gente. Nascido em Bezerros, no Agreste, teve seu trabalho reverenciado no Brasil e no mundo. Foi reconhecido como Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco, recebeu a Ordem do Mérito Cultural do Brasil e ainda o prêmio Unesco, na categoria Ação Educativa/Cultural. Ou seja, o talento de J. Borges cruzou as fronteiras do estado e do país, enchendo os pernambucanos de admiração e orgulho e nos dando a certeza de que sua arte é eterna. A Assembleia Legislativa se solidariza com familiares e amigos. Que Deus possa confortá-los neste momento de dor e saudade”
Antônio Moraes, Deputado Estadual
“J. Borges continuará sendo Patrimônio Vivo de Pernambuco, e sua arte será eternizada pelos inúmeros artistas que ajudou a formar e pelas incontáveis obras que nos deixou ao longo de mais de 60 anos de muita disposição e criatividade, retratando o cotidiano do nordestino tanto nas xilogravuras quantos nos seus escritos de cordel”.
Teresa Leitão, Senadora da República
“Deixa uma saudade muito grande que só será compensada pelo rico acervo de obras que chegaram até ao Papa, ao Vaticano. Manteve, até o fim, seu traço certeiro e nordestino nas obras de arte e no seu acolhimento afetuoso a todos que chegavam ao seu ateliê, em Bezerros.Faço questão de, lá em Brasília, sempre me lembrar de nossa gente, de nosso povo, de nosso nordeste. E ninguém melhor do que o traço firme, certeiro e nordestino de J Borges para mostrar, emblematicamente, as coisas do coração, as coisas do Sertão e as coisas do Nordeste”.
Redação com assessorias Foto: Museu do Pontal-Divulgação
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