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Plano de Segurança de Raquel mobiliza plenário da Assembléia. Maioria a favor

Os problemas de relacionamento entre o Executivo e o Legislativo do estado foram esquecidos na tarde desta segunda-feira. Todo o expediente da Assembléia Legislativa foi sobre o plano “Juntos pela Segurança” da governadora Raquel Lyra anunciado pela manhã e que, entre outras ações, assegura o investimento de R$ 1,3 bilhão na área até 2026; a redução de 30% nos índices de violência; a criação de novos batalhões da PM no estado e uma unidade especial de apoio ao turista em Porto de Galinhas; novas unidades do Corpo de Bombeiros e, o mais esperado pela Polícia Militar, o compromisso da governadora em extinguir as faixas salariais da PM de 2024 a 2026.

Sem material até então para defender a governadora, sobretudo nessa área mais sensível, o plano mobilizou uma fila de parlamentares para apartear, no grande expediente, o parlamentar e ex-coronel da PM, Fabrízio Ferraz, que foi à tribuna exaltar as medidas. “Estava com saudades desses grandes expedientes e dos grandes debates nesta casa, que eles se repitam daqui pra frente”- celebrou a líder da oposição, deputada Dani Portela, embora na sua fala tenha feito cobranças do que não viu no plano como uma política de desarmamento, a compra de câmaras para colocar no fardamento dos policiais e a demora de quase 11 meses para anunciar as medidas: “a minha sensação é de que o Governo está com otimismo demais para tempo de menos”- afirmou.

Além dela, foram críticos ao projeto o deputado Alberto Feitosa, que lembrou a aprovação pela Comissão de Finanças da Alepe, na semana passada, da extinção das faixas “em 2024 e não até 2026”, acusando a governadora de ter colocado a medida nas suas preocupações só depois que a Alepe se pronunciou, e a deputada Gleide Ângelo que disse ser apenas uma intenção a redução dos índices de violência no estado em 30% “sem mostrar exatamente o que vai ser feito para chegar a isso”.

No mais os deputados Antonio Moraes (que já tinha elogiado as medidas no pequeno expediente), Izaías Regis, Joãozinho Tenório, Jeol da Harpa, João de Nadeji, Renato Antunes e João Paulo Silva falaram sobre medidas importantes inclusas do Juntos pela Segurança e parabenizaram a governadora pela iniciativa. João Paulo lembrou, no entanto, que é necessário que as comissões da Alepe estudem e debatam o plano para apresentar emendas ou sugestões.

Sobraram críticas ao PSB que vinha cobrando constantemente o Juntos pela Segurança na tribuna e nos corredores. O deputado Antonio Moraes disse que “o plano da governadora trata a segurança desde a primeira infância. É diferente do Pacto pela Vida que ficou só na meta de redução dos homicídios quando esse é o fim da linha.” Ressaltou que “na época não se lembraram de combater o tráfico de drogas que é responsável por 80% das mortes intencionais no estado e de resolver a situação dos presídios que são uma fábrica de criminosos”.

O deputado Izaías Regis, líder do Governo, disse que a falta de policiais nas ruas é decorrente de “um problema criado pelo PSB que não cuidou de fazer concursos públicos, inclusive na época da Eduardo Campos. Hoje Pernambuco que tinha 16 mil policiais no Governo de Joaquim Francisco quando a população era de pouco mais de 4 milhões de habitantes, conta agora com o mesmo número para quase o dobro dos habitantes daquela época”.

O deputado Renato Antunes, lembrou que “as faixas salariais da PM foram criadas pelo PSB nos últimos oito anos”. Lembrou que foi uma medida “ errônea, maldosa, grotesca e desastrosa pois hoje policiais da mesma categoria têm salários diferentes, o que gera uma insatisfação tremenda na tropa.” Ele afirmou que a situação requeria um “plano de desmonte para corrigir esse erro histórico contra a PM que a governadora está decidida a enfrentar”.

Redação blogdellas – Foto: Divulgação

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