PF indicia Bolsonaro, o filho Carlos e Ramagem no inquérito da “Abin Paralela”
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro(PL-RJ) no inquérito que apura o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem de adversários políticos e disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral.Na época dos fatos, Ramagem ocupava o cargo de diretor-geral da Abin.
A lista com mais de 30 indiciados inclui nomes da atual gestão, como o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa — delegado federal nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, e o número dois da agência, Alessandro Moretti.
De acordo com a PF, policiais e delegados da corporação que estavam cedidos à Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para cumprir ações ilegais de espionagem.Os investigadores da PF descobriram que aconteceu uma ação para obtenção de informações sigilosas de autoridades do Paraguai envolvidas nas negociações do contrato de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, operada pelos dois países.
Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem não comentaram o indiciamento, mas, em declarações anteriores, negaram qualquer envolvimento no esquema. Carlos Bolsonaro, por sua vez, usou as redes sociais para criticar a operação da PF, alegando motivação política com foco nas eleições de 2026.
A Abin informou que não vai se pronunciar sobre os indiciamentos. Em abril, o diretor-geral da agência divulgou nota afirmando estar à disposição das autoridades competentes para prestar esclarecimentos nas esferas administrativa, civil ou criminal.
Redação com Agência Brasil Foto: Marcelo Camargo/arquivo
e-mail: redacao@blogdellas.com.br

