Pesquisa Ipespe – Intenção de voto espontânea de Lula (39%) e Bolsonaro (29%) se mantém
Faltam 135 dias para o primeiro turno das eleições 2022. E, em ano de disputas eleitorais, o Ipespe segue semanalmente com pesquisas de opinião, com avaliações sobre o Governo Bolsonaro e variadas questões importantes para os brasileiros. E mais uma pesquisa foi divulgada hoje, sexta, 20, sobre o quadro eleitoral e com vista sobre o atual estágio da nossa economia brasileira.
A intenção de voto espontânea e estimuladas referentes a Lula e ao Presidente Bolsonaro não se mexeram desde o último levantamento e continuam, respectivamente, com Lula mantendo 39% e 44% e Jair Bolsonaro com 29% e 32%.
Entre os demais, o quadro também fica estável, com pouquíssimas variações. Ciro marcou os mesmos 3% na questão espontânea, e 8% na estimulada; Doria subiu um ponto na primeira, com 2%, e também na segunda, chegando a 4%, o seu melhor número desde outubro passado; Tebet permaneceu com 1% na espontânea, oscilando um ponto na seguinte, atingindo 2%; Janones repetiu 1% na primeira questão, e 2% na segunda; os demais não pontuaram.
Na avaliação do Ipespe com vista a um segundo turno, o quadro assim se apresenta: Lula e o presidente Bolsonaro oscilaram para baixo um ponto com a distância se mantendo nos mesmos 19 pontos, anteriormente registrados. Com Lula, 53% X Bolsonaro, 34%. Numa lista de “segunda escolha” , Ciro lidera com 27%, seguido por Doria , 7%; Lula , 4% , Tebet, 3% , Bolsonaro, Felipe DÁvila , Janones e Vera têm 2% cada um deles; Eymael encerra a relação com 1%.” Esse ranking, traduzindo de certa forma o atual potencial de crescimento dos candidatos no primeiro turno, ajuda a entender o quanto os dois líderes estão perto dos respectivos tetos. Que todavia poderão, ou não, ser alterados ao longo da campanha, explica o cientista político Antonio Lavareda.
Sobre a economia brasileira
Em cenário econômico adverso, o presidente Bolsonaro consegue, atacando a Petrobras , evitar que piore a imagem do seu Governo. Quase dois terços ( 64%) endossam as críticas à empresa, afirmando que ela “Tem responsabilidade” pelos aumentos dos combustíveis que afligem a população do país.
Seguindo as observações de Lavareda, “nessa mesma categoria (de culpa superlativa) após a recente elevação dos preços, o Governo Federal aparece num distante segundo lugar, no mesmo patamar de março último (45%); os governos estaduais oscilaram para cima um ponto (40%),empatados com a Guerra na Ucrânia que recuou cinco pontos no mesmo período; subiu dois pontos a atribuição às gestões de Dilma e Lula, com 37%; e evoluiu três a responsabilização nessa categoria do STF, agora mencionada por 32%. Ou seja, as críticas contundentes à estatal, acompanhadas da troca de seu Presidente e do ministro da área, bem como do recurso ao STF relativo às alíquotas sobre o diesel do ICMS dos estados, parecem ter surtido efeito no sentido de redistribuir os danos de imagem associados ao problema.
No mais, a economia se entrelaça à aprovação e a avaliação. “Caminho Certo “ tem 33%; aprovação o Governo, 35% e avaliam como “ótimo ou bom”, 32%. “Na direção contrária, uma maioria expressiva segue apontando que a economia está “No caminho errado”, 62%; “Desaprovam” o Governo, 61%; e o classificam como “Ruim ou Péssimo”, 52%. Ao fundo, a questão da inflação: 72% dos entrevistados afirmam que os preços “aumentaram muito”, e 23% que “aumentaram” nos últimos meses. Adiante, a expectativa de 41% é de que ainda “vão aumentar muito”, e 23% acham que eles “vão aumentar”, destaca Lavareda.
Redação do Blog Dellas com informações com Ipespe.
Imagens-Ipespe-Divulgação