Pesquisa Ipespe – Eleitor Brasileiro (74%) já sabe em quem votar para presidente
A pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (13), mostra um elevando interesse do eleitor brasileiro pelas eleições de 2022, combinado ao volume inusual da intenção de voto espontânea. “Isso ajuda a entender o relativo engessamento do quadro eleitoral”, afirma Antonio Lavareda. O cientista político ressalta que “ quase sete em cada dez eleitores (68%) estão atentos , se dizendo interessados no pleito. E três quartos (74%) já apontam o nome de quem votariam, sem estímulo da lista de candidatos.
Na nova pesquisa, Lula é a escolha de 39%; Bolsonaro, de 29%; Ciro, 3%; Doria, Janones e Tebet, têm 1%. Lavareda explica que esses dados se diferenciam bastante do que ocorria nas disputas passadas. “ Em momento semelhante há quatro anos (maio de 2018) a pesquisa do IPESPE identificava 38% de intenções de voto espontâneas para o conjunto dos postulantes. A explicação para isso já tive oportunidade de adiantar há algum tempo. É que este ano teremos a primeira eleição brasileira na qual um presidente em exercício enfrentará um ex-presidente nas urnas. O que é raríssimo em todo o mundo. Ambos com elevado grau de conhecimento e imagem consolidada. Daí a intensa polarização. Entre nós, quando os incumbentes foram candidatos, os três ganharam a reeleição (FHC, 1998; Lula, 2006; e Dilma, 2014). De outro lado, o único ex-presidente que se candidatou de novo (Getúlio Vargas, 1950) também se sagrou vitorioso”.
Na questão estimulada, Lula segue com 44%, Bolsonaro oscila positivamente um ponto e tem 32%. Os demais não sofreram alteração: Ciro , 8%; Doria, 3%; Janones, 2%; e Tebet tem 1%. Os restantes não atingiram 1% nessa rodada.
Sobre 1º e 2º turnos e Rejeição
Assim como no 1º turno, também no 2º a diferença de Lula sobre Bolsonaro retrai um ponto nessa nova pesquisa Ipespe (54% X 35%). O presidente Bolsonaro reage mais no confronto com Ciro, encurtando a distancia quatro pontos : Ciro , 43% X Bolsonaro , 40%. Nos outros cenários testados as variações foram reduzidas: Lula, 55% X Doria, 20%; e Bolsonaro, 40% X Doria, 38%.
No quesito Rejeição a Bolsonaro , pela primeira vez, desde junho de 2021, fica abaixo dos 60%. Os que “não votariam nele de jeito nenhum” são agora 59%. Vindo na sequencia: Doria, 55%; LULA, 43%; Ciro, 42%; Tebet, 37%; Janones e Felipe D´Ávila, ambos com 35%. Lavareda lembra que no caso dos três últimos nomes o seu nível de desconhecimento é ainda muito elevado para permitir comparações estritas.
Desaprovação de Bolsonaro
A desaprovação de Bolsonaro recua dois pontos (Para 60%) . Aprovação se mantém (35%).Avaliação positiva (“Ótimo/Bom”)ganha um ponto (32%), E a negativa (“Ruim/Péssimo recua em igual proporção (51%). Nos cinco meses desde o início do ano (janeiro) a Aprovação do Presidente cresceu cinco pontos (30% a 35%), e a Avaliação Positiva subiu oito (24% a 32%), aproximando-se os dois indicadores (Aprovação e Avaliação). E ambos vão se entrelaçando a suas intenções de voto: 32% no primeiro turno, 35% no segundo. Note-se que os movimentos mais expressivos – quer da avaliação do governo, quer das intenções de voto do presidente – se deram a partir da saída de Moro da competição. O que sugere a ação de um “viés de consistência” alinhando as avaliações ao voto.
Avaliação da Economia do país
A Economia segue “no caminho errado” oscila um ponto abaixo (para 62%).Enquanto sobe para 33% o contigente que diz que ela está “ no caminho certo”. “ A variação de um ponto da leitura positiva a situa em patamar próximo ao de janeiro do ano passado. A maior parte dessa recuperação parece ter sido obtida pela conversão dos que não manifestavam opinião nesse quesito. Em março eles eram 10% dos entrevistados, e agora são 5%”, ressalta o cientista político.
Redação Blog Dellas com informações do Ipespe – Imagens-Divulgação.