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Pesquisa CNMP: 74% dos brasileiros acham que pais devem ser obrigados a levar filhos para vacinar

A pesquisa realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), através do Ipespe, lançada ontem, dia 5, em Brasília, é inédita, impactante e trouxe respostas sobre o entendimento dos entrevistados em todo o país em relação à segurança e eficácia das vacinas, além de posicionamento quanto aos benefícios, riscos, medos e dificuldades relativos aos imunizantes.

Parte dos dados abrange, ainda, o cenário de confiança pós-pandemia Covid-19, como também os aspectos relacionados aos meios de informação e ao combate às fake news sobre o tema. A pesquisa revela que 72% dos entrevistados confiam ou confiam muito nas vacinas e 90% acham os imunizantes importantes ou muito importantes para a saúde pessoal, da família e da comunidade.

Embora predomine a confiança quanto à segurança, eficácia e benefício das vacinas, os brasileiros ainda têm receio: 21% avaliam como alto o risco de reações das vacinas e 27% afirmam já ter sentido medo de se vacinar ou de levar uma criança ou adolescente para se vacinar. Dos 27% que alegaram ter medo, 66% disseram ter receio de reações ou efeitos colaterais graves. Entre as pessoas que se informam sobre saúde e vacinação por meio de redes sociais e WhatsApp, uma a cada cinco já decidiu não tomar a vacina ou levar uma criança para se vacinar após ler uma notícia negativa nessas plataformas. Outro dado interessante mostra que 85% dos participantes consideram que conhecem bem o calendário vacinal do Ministério da Saúde.

Em relação à segurança e eficácia das vacinas, 51% dos participantes acham as vacinas muito seguras para a saúde das pessoas e das comunidades e 58% acham as vacinas muito eficazes na prevenção de doenças. Quanto aos benefícios e riscos, 64% consideram alto o nível de benefício das vacinas e 43% consideram médio o risco de reações das vacinas.

Além disso, 74% dos pesquisados acham que pais ou responsáveis devem ser obrigados a levar seus filhos para vacinar de acordo com o calendário vacinal básico do Ministério da Saúde.

Quando o assunto é o impacto da pandemia Covid-19, 39% dos participantes afirmaram que a confiança na ciência, nos cientistas e nas vacinas aumentou depois da pandemia. Já 53% passaram a se vacinar mais e a levar mais seus filhos para se vacinar após a doença. Quanto à percepção sobre a frequência de vacinação dos brasileiros nos últimos dez anos, 50% dos pesquisados acreditam que passaram a se vacinar mais e levar mais os filhos para se vacinar.

O estudo revela ainda que televisão, médico, sites, blogs, portais da internet, agente de saúde ou outros profissionais das UBSs são as fontes mais confiáveis para notícias ou informações sobre vacinas e assuntos de saúde. Do público que se informa sobre vacinas e saúde pelas redes sociais e WhatsApp, 64% dos respondentes confiam ou confiam muito nas informações que recebem, porém 77% já identificaram notícias falsas (fake news) nessas plataformas e são favoráveis à regulação legal com possibilidade de punição.

No quesito vacinas e doenças erradicadas, 81% dos respondentes disseram que as pessoas devem continuar tomando vacinas contra doenças que já desapareceram, senão essas doenças podem reaparecer. Os pesquisados apontaram também que as principais dificuldades encontradas para tomar ou levar os filhos para tomar vacina são a indisponibilidade da imunização ou o longo tempo de espera.

A pesquisa foi realizada pelo Ipespe entre os dias 29 de janeiro e 19 de fevereiro. Três mil pessoas foram entrevistadas em todas as regiões do país. A pesquisa completa pode ser acessada no site do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) [https://www.cnmp.mp.br/portal/todas-as-noticias/17605-brasileiros-ainda-deixam-de-se-vacinar-por-medo-e-desinformacao-revela-pesquisa-desenvolvida-pelo-cnmp).

Redação com assessoria Fotos: divulgação

e-mail: redacao@blogdellas.com.br

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