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Perícia determinará se gravação de assédio contra adolescente em hotel de luxo foi adulterada

É crime! A Polícia Civil apreendeu celulares de funcionários e colaboradores do badalado Hotel Fasano, no Rio de janeiro, e vai periciar as gravações para apurar possível manipulação das imagens após uma denúncia de assédio a uma adolescente.

O empresário Igor Monteiro Simão, de 26 anos, filho de um dos 67 cotistas do hotel segundo as investigações, foi indiciado por importunação sexual contra uma menina de 14 anos. O caso, revelado pela coluna de Lauro Jardim ( O GLOBO) , ocorreu no último sábado.
Em depoimento, a vítima relatou que estava na cobertura do hotel acompanhada de uma amiga, quando Igor, que estaria bêbado, colocou as mãos em sua coxa e iniciou uma conversa. Um vídeo obtido pela jornalista Paolla Serra, do GLOBO, mostra o momento em que o suspeito aborda as adolescentes.

Um dos trechos que exibe a prática do crime teria sido suprimido nas imagens entregues às autoridades. Segundo o pai de uma das meninas, a equipe responsável pelo sistema de segurança levou quatro horas para entregar o pendrive com as gravações. A polícia suspeita que as filmagens tenham sido adulteradas. O hotel usa câmeras com sensor para captar movimentos.

Um dos vigilantes do hotel afirmou em depoimento que a sala de monitoramento está em obras, motivo pelo qual demorou a gravar as imagens. Disse ainda não saber como ocorreu a falha nas filmagens e negou qualquer edição. Acrescentou que informou o gerente sobre o ocorrido, mas não havia funcionário de TI no horário noturno.

A Polícia pediu a prisão preventiva de Igor pela “garantia da ordem pública”. O Ministério Público, no entanto, se manifestou contra, e a Justiça indeferiu. Argumentam que, como a vítima mora em outro estado, era “improvável” que o indiciado “exerça algum tipo de influência”. Em nota, o Fasano Rio afirmou que “cedeu as imagens tão logo foram solicitadas por autoridade competente” e acrescenta que elas “são claras e mostram que o cliente que teve atitudes inoportunas jamais foi protegido ou ajudado por funcionários do hotel”.

A defesa de Igor disse estar “tomando conhecimento de todos os fatos imputados” a ele, os quais “eram de total desconhecimento do mesmo até a madrugada do dia 31/07 quando já se encontrava em sua residência”. Afirmou ainda que o empresário “se encontra lamentavelmente consternado com ocorrido e certamente colaborará com as autoridades na busca da real primazia da verdade dos fatos”.

Redação com veículos – Jornal o Globo. Imagens-Divulgação: O Globo.

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