Parceria resulta na doação de 2 mil panetones fabricados por detentos do sistema prisional de Pernambuco
Uma parceria da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), o Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa) e o Instituto César Santos possibilitou a fabricação de 2 mil panetones. A ação uniu o trabalho de pessoas privadas de liberdade (PPLs), a qualificação profissional e o ato de doar.
A entrega dos produtos foi realizada, nesta quinta-feira (19/12), pelo gerente-geral de Ressocialização da SEAP, Augusto Sales, juntamente com a Gerência de Saúde Prisional, à Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS) e à Secretaria da Mulher de Pernambuco (SecMulher). Os pães natalinos foram destinados também ao Ceasa, ao Instituto e a pessoas privadas de liberdade (PPLs). “É uma parceria que beneficia e valoriza o trabalho das pessoas privadas de liberdade, pois foi conferido o certificado de produção de panetones, gerando, assim, para o futuro uma comprovação e até uma empregabilidade na área de panificação”, destacou Sales.
Participaram da produção dos panetones 32 PPLs do Presídio de Itaquitinga 1 (PIT 1) e da Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima (CPFAL). Os pães foram feitos sob a supervisão de chefs do Instituto César Santos, nas cozinhas de cada unidade prisional. “Foi uma semana intensa, de muito trabalho, mas de satisfação imensa. Poder estar junto desses reeducandos e poder ensinar um ofício, trocar experiência e mostrar que é possível ter uma nova vida é uma prova de que todo mundo tem uma segunda chance”, revela o chef Rogério Ribeiro, que integra a equipe do Instituto.
Para o chef Cesar Santos, presidente do Instituto, a gastronomia vai além do preparo de alimentos, como muita gente pensa. “Trabalhar na cozinha é missão. Estamos lá para servir o outro e para isso é preciso ter vontade e amor. A gastronomia muda vidas. Mudou a minha e sei que pode mudar a de muita gente. Com essa ação, que aconteceu na unidade prisional masculina de Itaquitinga e na feminina de Abreu e Lima, percebemos o orgulho dos reeducandos e reeducandas em aprender a fazer o panetone, uma nova função que levarão para a vida. É uma chave que vira e permite ver o mundo de uma outra forma, um momento de transformação, assim como o Natal nos traz essa esperança”, reflete.
Redação com assessorias Foto: divulgação
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