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Palácio esvazia mais uma comissão da Alepe para não dar vaga ao PSB

Como fez anteriormente com as comissões de Justiça, Finanças e Administração, quando esvaziou as primeiras reuniões para evitar que o PSB ocupasse a comissão de Justiça, o Palácio agiu mais uma vez esta segunda-feira com o mesmo objetivo. Para não correr risco de ver o deputado Waldemar Borges(PSB) eleito presidente da Comissão de Educação, a estratégia foi fazer com que o deputado Cleiton Collins, do PP, faltasse ao encontro, impedindo deliberação.

– “Na primeira investida usaram a deputada Débora Almeida na manobra de esvaziamento. Agora o escolhido foi Cleiton”- afirmou Waldemar a este blog, dizendo lamentar “a insistência do Governo em impor ao legislativo suas escolhas”. Havia uma perspectiva de bate-chapa na Comissão de Educação entre o deputado do PL, Renato Antunes, que também se candidatou a presidente e apoia o Governo, e Waldemar Borges, escolhido candidato em reunião dos líderes partidários que resolveram concordar com a entrega do comando de educação ao PSB.

Desde que assumiu o posto a governadora Raquel Lyra enviou diversos recados a seus secretários e à bancada da Alepe de que não queria acordo com o PSB. Sabia-se que ela jamais toleraria entregar ao partido as três principais comissões mas era voz geral entre os deputados que haveria condescendência com os demais colegiados, por interferirem menos nas votações em plenário. Em vista disso, o presidente da Alepe, Álvaro Porto, que teve votação unanime em sua eleição presidiu um acordo com os líderes sobre as demais comissões e concordou com a entrega da educação ao PSB, pugnando pela independência do Poder Legislativo.

Esta manhã na Assembléia corria a informação de que Porto estaria trabalhando para eleger Waldemar Borges, como prometera. Ao saber disso, o Palácio decidiu intervir com o esvaziamento para ganhar tempo. Na primeira reunião isto é possível porque exige-se a presença de todos os membros titulares. Não se sabe se amanhã, quando não é necessária a observância do quórum para escolher o presidente, o governo também sairá vencedor, como ocorreu anteriormente com a destituição do líder do PL, Alberto Feitosa, substituído pelo governista Renato Antunes.

De qualquer forma, seja qual for o resultado, ele pode deixar claro um distanciamento entre o presidente da Alepe e a governadora. Embora sejam do mesmo partido, o PSB, Álvaro ficou magoado porque Raquel trabalhou para que o presidente da Assembléia fosse o deputado Antonio Moraes, do PP, ao qual prometera apoio. Ele dedicou-se com afinco e elegeu-se por unanimidade, prometendo aos partidos paridade nas comissões e independência. Engoliu a exclusão dos socialistas das comissões principais mas parece não estar disposto a deixar o PSB, dono da maior bancada na casa, à mingua.

Redação blogdellas – Foto: Divulgação

E-mail: redacao@blogdellas.com.br

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