“Ou este Governo está perdido ou não sabe para onde vai”- diz presidente da Alepe após a ausência da bancada governista no plenário
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Álvaro Porto , ocupou a tribuna da casa esta terça-feira para condenar atitudes do Governo do Estado. Desta vez ele se referiu à ausência, pela segunda vez, da bancada governista no plenário para votar a indicação do novo presidente da Adagro e dois projetos oriundos do Tribunal de Contas e do Tribunal de Justiça. A pauta está travada, por orientação do Governo que deseja ver votados dois projetos do Executivo presos na Comissão de Justiça – um pedido de autorização de empréstimo de R$ 1,5 bi e a sabatina do novo administrador de Fernando de Noronha – e o Palácio conduziu sua bancada, que é majoritária, a só votar qualquer outro projeto quando os dois que estão retidos forem apreciados pelos deputados, como , aliás, reza o estatuto da Alepe.
Havia, porém, a expectativa de que as coisas serenassem depois que durante café da manhã com sua bancada esta terça a própria governadora orientou a líder do Governo, deputada Socorro Pimentel, a procurar o presidente da Alepe para dialogar sobre o pagamento das emendas parlamentares de 2024, o maior motivo de insatisfação dos deputados e a raiz de grande parte das desavenças entre os dois poderes. Mas não deu outra: o Governo quer pagar as emendas mas espera do legislativo uma contrapartida que é votação dos projetos retidos. A frase dita por Álvaro e reproduzida acima se referiu a uma reunião que teve com a líder do Governo para encaminhar diálogo e, pouco depois, ser surpreendido com a ausência dos deputados da base governista.
Mas, como uma novela de infindáveis capítulos, não foi desta vez que a fumaça branca saiu das chaminés. Não se sabe se foi ou não de propósito mas a bancada de oposição convocou uma entrevista coletiva para as 11 horas – três horas depois do café no Palácio – e nela disse que o Governo não precisa de pressa para votação do empréstimo solicitado porque o Executivo pode utilizar mais de R$ 1 bi, já autorizados pelos deputados mas ainda não contratados, para iniciar as obras do Arco Metropolitano e da duplicação da BR 232. Também acusou o Governo de ter gasto com material de informática para a Casa Civil recursos de um empréstimo cujo objetivo não previa emprego dos recursos desta forma pois se referia a obras físicas. E anunciou que vai fazer uma representação no TCU sobre o assunto já que o empréstimo foi feito em um órgão público que é a Caixa Econômica Federal.
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