Economia

Os motivos da cenoura e do tomate liderarem a alta dos alimentos

 

Todos os dias acompanhamos os aumentos nos preços atuais dos produtos nos supermercados. E a cenoura e o tomate continuam como os alimentos que mais encareceram no país neste ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), considerado uma prévia da inflação oficial do país. A expectativa é de que os preços fiquem mais baixos entre maio e julho.

 

A alta da cenoura chegou a um inacreditável 200% no acumulado em 12 meses até abril, enquanto o tomate subiu 117% no mesmo período. As explicações sobre os aumentos: No caso da cenoura, a inflação continua sendo um reflexo das chuvas intensas que afetaram as principais plantações do país em janeiro e fizeram com que o volume do alimento diminuísse. Com isso, o quilo passou de R$ 10 a R$ 14. Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, que são grandes produtores, foram os mais prejudicados. São Gotardo (MG), que é um dos principais municípios que abastecem o mercado , teve prejuízo devido à chuva nos meses de janeiro e fevereiro.

 

Outro motivo foi o descarte de cenouras após a colheita, já que a umidade no solo deixou o alimento impróprio ao consumo, além de causar doença nas raízes. Com menos oferta, o preço seguiu em alta. Contudo, o produtor já encontra preços mais baixos desde o início de abril. E a redução pode ser explicada pela regulação da oferta e um longo período de alta que não foi absorvido no mercado.

 

 

A colheita do tomate também continua menor desde que chuvas intensas no início do ano geraram perdas nas plantações, afetando os produtores do Sudeste e do Nordeste. Com isso, os preços se mantêm em alta. A área plantada de tomate vem diminuindo desde 2020 porque, no início da pandemia, os produtores perderam vendas com o fechamento do comércio.

 

Outro fator pesquisado pelo Blog Dellas mostra sobre impactos com vista ao fim da safra de verão e início da de inverno, que ocorre em abril no Sul e Sudeste. Nessa época, costuma-se colher bem pouco tomate. Os preços tendem a recuar entre julho e setembro. Nas regiões Sul e Sudeste, onde é mais forte a produção de tomate, a safra de inverno ocorre entre os meses de abril a novembro, enquanto a de verão vai de dezembro a março.

 

Redação do Blog Dellas com o Jornal o Globo, pesquisas.

 

Fotos – Google Imagem

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