Orquestra Sinfônica do Recife celebra 94 anos em dois concertos gratuitos
Com regência de Lanfranco Marcelletti Jr. e participação especial dos solistas Anita Ramalho (soprano), Enok Chagas (trompete) e Mizael França (trombone), apresentações terão repertório caprichado, celebrando as obras de Villa-Lobos, Puccini e Nilson Lopes, além dos nordestinos Duda, Chico Science e Luiz Gonzaga. Ingressos serão distribuídos pela internet e presencialmente, na bilheteria do Teatro de Santa Isabel
Nestas terça e quarta-feira (30 e 31), a Orquestra Sinfônica do Recife celebra 94 anos de histórias, acordes e aplausos, em dois concertos gratuitos e abertos ao público, às 20h, no Teatro de Santa Isabel. As apresentações promoverão o encontro entre a música de Pernambuco e a do mundo, com regência de Lanfranco Marcelletti Jr. e a participação especial dos solistas Anita Ramalho (soprano), Enok Chagas (trompete) e Mizael França (trombone). Entre os grandes compositores escalados para embalar a festa estão Villa-Lobos, Puccini e Nilson Lopes, além dos nordestinos Duda, Chico Science e Luiz Gonzaga.
Os ingressos para o concerto de hoje (30) estarão disponíveis no site https://ingressossantaisabel.
Seleção cuidadosa das melhores e mais festivas composições em linha reta, o repertório preparado pelo regente da Orquestra desde 2020, Lanfranco Marcelletti Jr., promete fortes emoções. “Teremos muito a festejar! Todas as músicas que escolhi para compor o repertório carregam um motivo a ser celebrado. Além dos 94 anos da Orquestra, comemoraremos os 30 anos do lançamento do disco Da Lama ao Caos, os 30 anos de meu primeiro concerto na Orquestra Sinfônica do Recife, os 30 anos da composição que executaremos do maestro Duda, além dos 100 anos da morte de Puccini”, enumerou Lanfranco.
O concerto já começa em grande estilo, com a execução de duas das mais célebres composições brasileiras de todos os tempos: “O Guarany”, de Carlos Gomes, e o Prelúdio das “Bacchianas Brasileiras Nº 5”, de Heitor Villa-Lobos. Em seguida, a Orquestra tocará o clássico “Mio Babbino Caro”, da ópera “Gianni Schicchi”, de Giaccomo Puccini, com a participação da soprano Anita Ramalho.
O programa seguirá, mais ensolarado a cada composição, com os clássicos “Suíte Nordeste”, de Nilson Lopes, cujos direitos foram cedidos para essa apresentação pela Orquestra Sinfônica Brasileira e da “Suite Monett”, que o pernambucano e celebrado maestro Duda compôs, em julho de 1994, às vésperas da consagração da Seleção Brasileira como tetracampeã mundial. A peça será executada com a participação especial dos solistas Enok Chagas, no trompete, e Mizael França, ao trombone.
Para deleite dos mangueboys e girls, o movimento Manguebeat, que reposicionou o Recife no mapa da música mundial, será lembrado, com a execução do clássico “Praieira”, de Chico Science, com arranjo de outro grande nome da música pernambucana: o maestro Clóvis Pereira.
O concerto acaba pisando no solo rachado e sagrado da obra de Luiz Gonzaga, com a execução de uma peça dedicada a ele, composta pelo gaúcho Ciro Pereira, que teve direitos cedidos pela Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo.
As apresentações da Orquestra Sinfônica do Recife, promovidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, são oferecidas sistematicamente, de março a dezembro, com acesso gratuito e facultado a todos os públicos da cidade.
Sobre a Orquestra – A Orquestra Sinfônica do Recife foi fundada no dia 30 de julho de 1930, por Walter Cox, pelo compositor Ernani Braga e por Vicente Fittipaldi, seu primeiro maestro, que permaneceu à frente do conjunto sinfônico até 1961. À época, denominava-se Orquestra Sinfônica de Concertos Populares e só em 1949, quando vinculou-se à gestão municipal, passou a se chamar Orquestra Sinfônica do Recife.
Além de Fittipaldi, já teve como regentes: Mário Câncio (1962-1974); Guedes Peixoto (1975-1984); Eleazar de Carvalho (1985-1988); Eugene Egan(1989); Arlindo Teixeira (1991), Diogo Pacheco (1992); Carlos Veiga (1993-2000); Osman Giuseppe Gioia (2001-2013); e Marlos Nobre (2013-2020).
No dia 8 de outubro de 2018, foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da capital pernambucana, a partir de proposição da Câmara do Recife, sancionada pelo poder público municipal.
Às vésperas de completar 100 anos, a Orquestra segue enchendo o Recife de música e novidade. Os últimos quatro anos foram marcados por importantes avanços e melhorias. Depois de ganhar dois novos maestros, Lanfranco Marcelletti Jr. e José Renato Accioly, passou a oferecer entre 3 e 4 concertos mensais e a disponibilizar ingressos pela internet, além de ter ganhado 20 novos integrantes, após seleção feita pela Prefeitura do Recife, num esforço de recomposição de quadros.
Serviço
Aniversário Orquestra Sinfônica do Recife – 94 anos
Datas: 30 e 31 de julho
Horário: 20h
Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio)
Entrada franca: ingressos distribuídos pela internet e na bilheteria do teatro, uma hora antes das apresentações
Redação com assessoria Foto: Marcos Pastich/PCR
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