Oposição impõe mais uma derrota ao Governo da Alepe, impedindo votação do piso

Mesmo em minoria no plenário, a oposição conseguiu esta segunda-feira impor mais uma derrota ao Governo Estadual na Alepe em relação ao projeto de lei da governadora Raquel Lyra de pagamento do piso nacional de salário aos professores estaduais que ainda recebem abaixo do valor mínimo estabelecido. Uma manobra regimental dos líderes do PSB, Federação PT/PV/PCdoB, Solidariedade e PSOL causou obstrução na pauta do dia no momento destinado à votação de um requerimento de 26 deputados enviado ao presidente da casa, deputado Álvaro Porto, solicitando a votação em plenário do projeto que havia sido aprovado em duas comissões da casa e derrotado em outras duas.

Por conta disso, o projeto não foi à votação, embora todo o restante da pauta tenha sido votado, o que provocou reclamação de alguns deputados que alegaram que quando há obstrução toda a agenda do dia é lida mas não votada. A manobra da oposição pegou todos de surpresa, inclusive deputados das legendas citadas. O deputado Lula Cabral, do Solidariedade, por exemplo, reclamou em alta voz do líder do Solidariedade Luciano Duque afirmando que não fora ouvido antes: “eu podia até ter sido convencido mas não está correto um líder falar pela bancada sem a ouvir”- disse Cabral.

Falaram pelos partidos que pediram obstrução os líderes Sileno Guedes (PSB), João Paulo Silva (Federaçao), Luciano Duque (Solidariedade) e Dani Portela (PSOL). Os quatro partidos reunidos têm 25 deputados (a maioria) mas não só Lula Cabral contestou como o líder do Governo, deputado Izaías Regis, afirmou que deputados dos partidos citados estavam comprometidos a votar com o Governo. ”Se houvesse votação nós venceríamos”- concluiu. A matéria pode voltar à pauta esta terça-feira.

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