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Paço do Frevo convoca Elefante e Pitombeira para  celebrar o Dia Nacional do Frevo

Neste sábado(14), a partir das 18h, o Bloco Lírico Cordas e Retalhos abre alas para o encontro dos gigantes olindenses nas ruas do Recife Antigo. E durante todo o dia, o Paço do Frevo estará de portas abertas, com acesso gratuito a todos

Troça Carnavalesca Pitombeira dos 4 Cantos e Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda. Essa dupla de gigantes do nosso Carnaval se irmana neste sábado, 14 de Setembro, Dia Nacional do Frevo,para uma festa realizada pelo Paço do Frevo. Às 18h, com a apresentação do Bloco Lírico Cordas e Retalhos no palco em frente ao museu, Elefante e Pitombeira saem em arrastão em direção ao Paço, uma agremiação pela Rua do Bom Jesus e outra pela Rua da Guia. Este encontro, entre aquelas que um dia já foram tidas como inimigas, vai ser uma explosão de alegria quando o cortejo chegar para a apoteose na frente do Paço.

Quem quiser chegar cedo nesse dia tão propício para um mergulho no universo frevístico, mais uma boa notícia: durante todo o sábado, das 11h às 18h, o Paço do Frevo estará de portas abertas, com entrada gratuita, para seus visitantes.

“Será uma experiência fantástica o encontro de gigantes olindenses que não desfilam juntos há pelo menos 30 anos. Uma rivalidade afetuosa, de irmãos, que será recepcionada com muita alegria pelo bloco recifense Cordas e Retalhos. É festa no Recife, é festa no Brasil inteiro, vide o Museu do Amanhã (RJ) e o CultSP, equipamentos geridos pelo IDG como o Paço do Frevo, que também celebram esse tão importante dia dedicado a nosso ritmo. Nada menos do que o Frevo merece”, vibra Luciana Félix, diretora do Paço do Frevo.

Ela se refere ao que de belo o Frevo levará para outros territórios nessa festa nacional. Em frente ao Museu do Amanhã (RJ), a Praça Mauá recebe show da Orquestra Na Paralela do Frevo, liderada pelo maestro e trompetista Nailson Simões, e os bailarinos Iane Costa e Micha Nunes, em uma programação com início às 15h. Em São Paulo, o CultSP apresenta a Orquestra Frevo Capibaribe, que pretende ferver tudo aos passos de Sémada Rodrigues – uma formação com a dançarina pernambucana começa às 13h e a apresentação emenda às 14h.

Toda esta celebração pode estar deixando alguém se perguntando: mas e o 9 de Fevereiro, Dia do Frevo? Aqui em Pernambuco, a manifestação é tão bem-estimada que tem dupla comemoração. O 9 de Fevereiro marca a primeira aparição da palavra “Frevo”. Foi no Jornal Pequeno de 1907 que o historiador Evandro Rabelo encontrou o registro. Já o 14 de Setembro, instituído como o Dia Nacional do Frevo em 2009, também se refere à imprensa e homenageia o nascimento do jornalista Osvaldo de Almeida, que contribuiu de forma significativa para a circulação do vocábulo “Frevo” na mídia.

“O Frevo é patrimônio recifense, mas também de todo o Brasil e do mundo. Além do nosso 9 de Fevereiro, este 14 de Setembro federal merece ser celebrado com muitos acordes. Isso confirma o papel do Paço: promover o encontro da cidade com um de seus mais importantes e característicos patrimônios culturais o ano inteiro. Para colocar nosso Frevo na rua, todo dia é dia”, declara Marcelo Canuto, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

A secretária de Cultura do Recife, Milu Megale, convida o público a festejar. “Estamos falando de um ritmo que é patrimônio imaterial, que inspira artistas e traduz tão bem o jeito do nosso povo se expressar e faz nosso coração bater mais forte. Vamos curtir mais este evento do Paço do Frevo, que se dedica a manter o gênero vivo o ano inteiro.”

ENCONTRO DE GIGANTES – Em palco montado em frente ao Paço do Frevo, o Bloco Lírico Cordas e Retalhos canta ao som da Orquestra do Maestro Edson Rodrigues a partir das 18h. Fundada no Recife em 1998, a agremiação tem em seu nome a indicação da formação da orquestra de pau e corda e a diversidade multicultural do Carnaval de Pernambuco, metaforicamente identificado na imagem dos retalhos.

Simultaneamente ao começo da apresentação do Cordas e Retalhos, dois arrastões de Frevo se iniciam na Avenida Rio Branco. Com seus mais de 70 anos de tradição, o Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda será conduzido pela Orquestra do Maestro Oséas. Do outro lado, com um P marcado na testa, 77 anos de história, a Troça Carnavalesca Pitombeira dos 4 Cantos é guiada pela Orquestra Paranampuká, liderada pelo maestro Rinaldo. A chegada das gigantes do Carnaval de Olinda ao Paço marca a apoteose do festejo, com o encontro das três agremiações em um Frevo fervente que arremata a celebração desta data nacional.

PAÇO DO FREVO – O Frevo é patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco e do Brasil pelo Iphan e um convite à celebração da vida. Em Pernambuco, o Paço do Frevo é seu lugar máximo de expressão. Reconhecido pelo Iphan como Centro de Referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do nosso país, o museu atua nas áreas de pesquisa e formação em dança e música e na difusão das agremiações por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas,

Redação com assessoria Foto: Hugo Muniz/divulgação

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