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Observatório Febraban: 73% dos brasileiros querem punições severas para candidatos que usam Fake News

Pesquisa inédita do Observatório Febraban revela que o apoio político não tem papel “determinante” na escolha dos eleitores

A pesquisa mostra que as Fake News são um dos temas que mais chamam atenção nesse período eleitoral e preocupam a maioria (73%) da população brasileira, que defende punições severas aos candidatos que utilizam ou são favorecidos por elas. Para coibir essa prática, 88% dos brasileiros são favoráveis à punição de candidatos que façam uso ou se beneficiem de notícias falsas. A punição mais defendida por 52% das pessoas é a impugnação da candidatura e 14% defendem multa em dinheiro. Outros 12% defendem suspensão da campanha eleitoral por um período, 10% opinam pela suspensão completa da propaganda eleitoral e 3% indicam apenas repreensão pública.

Essa é a 16ª edição da pesquisa Observatório Febraban feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para a Febraban. Realizada entre os dias 4 e 10 de julho de 2024, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do país, a pesquisa aborda o interesse do brasileiro nas eleições municipais, suas preferências e expectativas sobre os perfis dos próximos prefeitos. O levantamento inédito procura investigar o que pensam os brasileiros sobre o grau de envolvimento da população com as campanhas, as opiniões sobre as Fake News no contexto eleitoral e as formas pelas quais as pessoas se informam sobre o pleito eleitoral. Traz ainda a avaliação da população sobre o trabalho de seus atuais prefeitos e vereadores. A pesquisa também apura as opiniões específicas em cada uma das cinco regiões brasileiras.

A pesquisa mostra ainda que o apoio político não tem papel “determinante” na escolha dos eleitores. Nesse caso, as propostas dos concorrentes (41%) e sua experiência administrativa (29%) são os fatores considerados mais importantes para a escolha do(a) próximo(a) prefeito(a). O desempenho na campanha e nos debates chega a 17% do total e os apoios políticos só têm 7% das respostas. Às vésperas das convenções partidárias para definição dos candidatos ou candidatas às prefeituras, 36% dos entrevistados declaram já ter feito a sua escolha. Outros 28% afirmam que irão escolher quando os candidatos estiverem definidos e começar a campanha. E 29% acreditam que só decidirão na reta final, depois do último debate (20%) ou mesmo no dia da eleição (9%) – um potencial de indecisos que pode deixar algumas disputas em aberto até o último momento, a depender da conjuntura de cada município.

“Os resultados naturalmente refletem a maior proximidade dos cidadãos com o município, dada a vivência direta com a prestação de serviços nos seus bairros e comunidades”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE. “Os dados evidenciam o entendimento da estrutura federativa pela população: enquanto o gestor local é responsável pela administração direta dos serviços públicos, o chefe do Executivo Federal desempenha papel central no gerenciamento do país, na execução de políticas públicas nacionais e, sobretudo, na condução da economia, que se traduz em condições de emprego, renda e controle da inflação”, completa.

A íntegra do 16º levantamento Observatório Febraban, pesquisa Febraban-IPESPE pode ser acessada nas páginas do site Ipespe ou Febraban.

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