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Número de partidos na Alepe cai

40% por conta da janela partidária

 

A Assembleia Legislativa de Pernambuco que recebeu em 2019, no inicio do ano da atual legislatura, parlamentares de 18 partidos – numa grande fragmentação política – amanheceu este domingo com apenas 11 partidos representados na casa – uma redução de 40% – após o final da chamada janela partidária que permitiu parlamentares de mandato trocarem de legenda para participar da eleição deste ano.

 

No início do ano imaginava-se uma redução ainda maior. O deputado Isaltino Nascimento, líder do governo, falava que somente 8 legendas permaneceriam mas alguns fatores contribuíram para o número ser maior, entre eles o crescimento da oposição na esteira das quatro pré-candidaturas já postas. Os candidatos a governador foram à caça de apoio para fortalecer seus partidos e impediram que a bancada governista ficasse ainda maior.

 

Nesta luta os que mais se beneficiaram foi o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho que conseguiu a migração de 4 parlamentares para seu partido – o União Brasil – e a pré-candidata Marília Arraes também com quatro para o Solidariedade. O ex-prefeito Anderson Ferreira filiou três deputados ao PL e a ex-prefeita Raquel Lyra dois, divididos entre as duas legendas que a apoiam: Priscila Krause, no Cidadania e Álvaro Porto, no PSDB.

 

MDB e PSD fora

Legendas expressivas que não conseguiram formar chapa de estadual como MDB e PSD estão agora fora da Alepe. O PDT sobreviveu de última hora quando o deputado estadual José Queiroz e seu filho o federal Wolney Queiroz formaram chapinhas para concorrer, contando com o socorro do Palácio das Princesas. Na briga oposicionista por espaço, Marilia Arraes levou dois deputados que já estavam comprometidos com Miguel Coelho: Gustavo Gouveia e Wanderson Florêncio.

 

Legislação forçou mudanças

Quando foi mudada a legislação eleitoral para reduzir o número de partidos, a saída foi acabar com as coligações que terminavam por fazer com que diversas siglas menores sobrevivessem escoradas em grandes partidos. Agora é que se vai saber se isso deu certo ou não. Em Pernambuco houve sim redução só que ainda permanecem algumas discrepâncias provocadas pela criação de federações partidárias em que dois ou mais partidos se unem em uma frente. As três únicas estabelecidas por aqui foram as que juntaram PT, PcdoB e PV; PSDB e Cidadania e outra que uniu o PSOL e a Rede.

 

Novos partidos

Os partidos que não tinham representação na Assembleia e que agora passam a ter são: União Brasil, Solidariedade, PL, e PV (este com dois deputados, Clodoaldo Magalhães e Joaquim Lira). O PSB acabou crescendo: a sua bancada que era de 11 deputados estaduais agora é de 14. O PP, que elegeu 10 em 2018 tem agora 11 deputados e o PT que tinha 3 agora tem 4 com a volta de João Paulo. Também o Cidadania agora tem uma deputada.

 

Anderson pode ainda crescer

O pré-candidato do bolsonarismo em Pernambuco, o ex-prefeito Anderson Ferreira, cresceu mais de fato do que de direito. Embora só tenha levado três deputados para o PL pode conquistar parte da bancada do PP para sua candidatura através da Frente criada no partido em favor de Bolsonaro e que é constituída de políticos que, como ele, são evangélicos. Desses Cleiton Collins e Clarissa Tércio podem votar no candidato do PL, embora Anderson pense em conquistar a todos.

 

Foto: Divulgação

 

E-mail: terezinhanunescosta@gmail.com

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