Eleições 2022

No JN, Lula fugiu de perguntas sobre corrupção, se fiou em Alckmin e defendeu polarizacão

Fugindo das perguntas sobre corrupção em seu governo, embora o apresentador William Bonner tenha insistido três vezes, sobre os R$ 6 bilhões desviados da Petrobrás, o ex-presidente Lula escudou-se, durante os 40 minutos da entrevista ao Jornal Nacional, no seu vice, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Como se estivesse cumprindo um roteiro previamente acertado Lula disse que Alckmin é “competente, habilidoso e vai ajuda-lo a consertar o Brasil”. E ainda concluiu afirmando que o vice já foi aceito de corpo e alma pelos petistas: “sabe, às vezes eu até tenho ciúmes dele”.

Lula estava preparado a responder todas as indagaçõescom tranquilidade, inclusive driblando os entrevistadores. Quando foi lembrado sobre a extrema polarização política da eleição atual e indagado se não era um pouco responsável por isso, já que lá atrás adotara o lema do “nós e eles” o candidato surpreendeu e defendeu com ênfase a polarização dizendo que ela faz parte da política em todas as partes do mundo e é salutar à democracia.

Passou um bom tempo atacando a Lava Jato, responsável por sua ida para a prisão. Disse que é a favor da investigaçãomas que a Lava Jato “pecou por ter enveredado para a política”. Afirmou que a delação premiada levou os delatores a ficarem ricos, que com a condenação das empresas participadoras do esquema 4 milhões de pessoas ficaram desempregadas e destruí-se anos de aperfeiçoando da engenharia nacional.

Recusou-se a dizer qual o seu plano econômico “não vou ficar prometendo antes de ganhar”. Também não quis dizer se, eleito, vai escolher um procurador geral da lista tríplice do MP e aproveitou para fazer uma crítica ao presidente Bolsonaro “vou combater a corrupção. Nunca escolhi como procurador um engavetador geral e nem decretei sigilo de 100 anos. No meu Governo a PF teve total liberdade para agir neste país”.Soltou uma pérola da esperteza política ao dizer que “o mensalão foi menor que o orçamento secreto” explicando que, para ele, Bolsonaro não manda em nada, é refém do presidente da Câmara e deputados que definem para onde o dinheiro deve ir”.

Outro assunto espinhoso, o apoio a ditaduras latino-americanas, foi explicada como “respeito a auto determinação dos povos”. Como Bolsonaro, Lula não perdeu votos na sabatina da Globo e pode até ter ganho alguns. As urnas é que vão dizer.

Redação do Blogdellas. Foto: reprodução/ TV Globo

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