Eleições 2022

Mulheres já comemoram resultado das eleições pernambucanas

Este domingo, seja qual for o veredicto das urnas, uma mulher, Raquel Lyra ou Marília Arraes, vai ser eleita governadora de Pernambuco. Um cenário desse, jamais imaginado em um estado destacado pelo machismo, sobretudo na política, a vitória feminina veio com sabor duplo : no primeiro turno, a senadora Teresa Leitão – primeira também na história pernambucana – foi eleita com 46,6% dos votos. No mesmo sentido, três mulheres, também de forma singular, se elegeram deputadas federais, triplicando a bancada do estado na Câmara. Até então só uma mulher figurava entre os 24 homens da bancada de 25 deputados. Lá atrás foi Cristina Tavares, depois Luciana Santos e atualmente Marília Arraes.

O que isso pode dizer em relação ao futuro do poder feminino pernambucano? Em primeiro lugar, as mulheres estão desafiadas a corresponder à esperança depositada nelas pelos eleitores que deram, sem dúvida, um grito de liberdade diante do estilo patriarcal que domina o estado desde a época da colonização. Em segundo lugar, vão precisar praticar a inclusão da qual não foram beneficiadas durante séculos. E a inclusão não pressupõe apenas paridade de gênero, no que se refere à governadora – garantindo igualdade de oportunidade para os homens em suas equipes – mas abrindo igualmente espaço para as minorias e os mais pobres.

Num mundo em que a inclusão se tornou a ordem do dia, nem os homens vão poder fugir a esse pressuposto. As mulheres menos ainda. Foram elas, inclusive, com sua luta a favor da igualdade de oportunidades, que abriram o caminho para que negros, indígenas e LGBTQIA+ levantassem a cabeça diante da opressão e fossem à luta. Há um longo caminho pela frente e nada se resolve da noite para o dia mas a porta se abriu e não pode ser novamente fechada.

Redação com assessoria – Foto: Divulgação

E-mail: redacao@blogddellas.com.br

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