Mulher… somos o que queremos ser – Por Graciele Pinheiro Lins*

O ano era 2006. Saí de casa, praticamente sem esperanças, para participar de um processo seletivo. Concorria a uma vaga de advogada em um reputado escritório de Pernambuco. Alguns dias após a realização da prova, recebi uma ligação. Fui convidada a comparecer novamente ao escritório no fim daquela tarde. Dessa vez, um pouco mais confiante, mas ainda com o coração apertado. Fui entrevistada pelo sócio fundador daquela banca jurídica.

Após narrar a pouca experiência profissional que tinha, aliada à imensa vontade de me firmar na profissão, fui questionada quando poderia dar início ao trabalho. Milhões de emoções passaram em minha mente em uma fração de segundos… Como estava sendo contratada no final do quinto mês de gestação?

Bem, o fato é que no dia seguinte iniciei meu labor junto à equipe jurídica – que naquela época já era majoritariamente feminina – e cá estou eu, quase 18 anos depois, no mesmo escritório, realizada profissionalmente, hoje ocupando o papel de sócia em um escritório que sempre admirei.

Ao longo de todo esse período, consolidei a certeza de que nada pode impedir nós, mulheres, de realizarmos nossos sonhos. Temos o poder de conciliar a execução das múltiplas tarefas que recaem diariamente sobre nós (como profissional, mãe, esposa, filha, irmã), desempenhando tudo com maestria.

Somos protagonistas das nossas vidas, ocupamos espaços que sempre foram nossos. Não perdemos a doçura da alma e o encanto dos gestos, ao mesmo tempo que somos firmes nas necessidades. Temos a força para enfrentar os desafios que a vida nos apresenta.

Verdadeiramente, podemos ser o que desejamos.

Proponho, assim, mulheres, aproveitando o 8 de março em pauta, a nós internacionalmente dedicado, que desejem sempre a felicidade, sem duvidar, um único dia, do potencial e da força que cada uma de nós possui.

*Graciele Pinheiro Lins Lima é advogada, consultora jurídica e sócia do Limongi Sial & Pinheiro Lins Advocacia (graciele@limongiadvocacia.adv.br)

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