Múcio diz que Lula mudou o comando do Exército após fratura no nível de confiança com o comandante atual

Ao lado do novo comandante do exército, general Tomás Ribeiro Paiva, o ministro da defesa José Múcio disse, na noite deste sábado, em rápido contato com a imprensa, que o afastamento do atual comandante Júlio César de Almeida, feito pelo presidente Lula, ocorreu em função de uma “fratura no nível de confiança” com o oficial afastado “após os acampamentos e o atos do dia 8 de janeiro”.

Na verdade, o presidente havia determinado o fim dos acampamentos bolsonaristas na porta dos quartéis e isso não ocorreu rapidamente, como se pretendia. Pelo contrário, foi do acampamento do Distrito Federal de onde saíram os golpistas que invadiram e depredaram as sedes dos três poderes. Após os atos do dia 08 foi determinado que o Exército afastasse os militares envolvidos entre eles o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, o coronel Mauro César Barbosa Cid que havia sido transferido para a chefia de um batalhão de Goiás. Mais uma vez isso não foi feito.

Ao encontrar com os comandantes militares esta sexta-feira em Brasília, o presidente deixou claro que os militares envolvidos nos atos seriam punidos e então resolveu, este sábado pela manhã, afastar o general Júlio César de Almeida e designar o general Tomás Ribeiro Paiva para o comando do Exército. O general Tomás, que era comandante militar do Sudeste, fizera na quinta-feira um contundente pronunciamento em defesa da democracia e do resultado das urnas, convencendo o presidente de que era a pessoa pautada para o momento.

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