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A hora e a vez de Rosa Weber

Rosa Weber – Foto Carlos Moura

 

As mulheres já ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil. É uma boa posição, mas queremos mais representatividade. Agora chegou a vez dela. Da Ministra Rosa Weber que assumirá o comando do Supremo Tribunal Federal – STF, em setembro próximo. Antecipando o que deverá ser o período em que estará à frente do tribunal, a Ministra tem declarado que sua prioridade será sempre “a defesa da Constituição e da Instituição”.

 

Rosa Weber, 73 anos, foi indicada ao STF pela então presidente Dilma Rousseff, em 2011. É vista como uma cidadã de centro- esquerda. E como uma ministra avessa às articulações políticas. Seu perfil promete incomodar, principalmente neste ano de eleições gerais. Com o período eleitoral em pauta, ela com certeza , estará ao meio de confrontos necessários para “defender a Constituição e a Instituição” com aqueles que queiram movimentar blocos ou palanques à custa da imagem da Corte. “Nada ficará sem respostas”, já sentenciou Weber em entrevistas ,num quase recado sobre ação e reação.

 

A Ministra costuma ser dura em suas decisões. E para acompanharmos melhor sua chegada ao topo do STF,logo mais, o Blog Dellas fez um levantamento sobre algumas atuações de Rosa Weber, as quais deram o que falar e que revelam tendências a serem seguidas. Possivelmente. Vejamos:

 

No auge da CPI da Covid-19 no Senado, a Ministra negou que os governadores pudessem ser convocados a prestar depoimento na comissão como desejava o Governo federal e seus aliados no Congresso.

 

Em junho, quando o empresário Carlos Wizard quis faltar à audiência da CPI, ela classificou de “fato gravíssimo” a existência d e um “gabinete paralelo” com ações do qual o empresário era um dos seus integrantes.

 

Do gabinete de Rosa surgiram outras decisões que incomodaram muita gente: Uma delas foi quando ela interrompeu o pagamento das emendas de relator que compõem o chamado “orçamento secreto”. Estimadas em R$ 16 bilhões, as emendas de relator vinham distribuindo os recursos do Orçamento da União apenas para aliados com nítidos sinais de corrupção e superfaturamento, sem que os parlamentares pudessem ser identificados.

 

A ministra também suspendeu os decretos presidenciais que flexibilizaram o porte e a posse de armas no País. E outras medidas duras a mais não faltam em sua história pelo STF.

 

Como Rosa assumirá a presidência do STF às vésperas das eleições de outubro e, antes, em agosto o ministro Alexandre de Moraes assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois estarão, portanto, à frente de importantes decisões das eleições 2022. Weber ficará na presidência do STF até outubro de 2023, quando se aposentará. Ela será substituída pelo ministro Luiz Roberto Barroso.

 

Vai ser instigante, bonito de ver, portanto, essa travessia.

 

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