“Meu Nome Era Eileen”: Desde sempre, flertar com desconhecidos pode se tornar um grande perigo
Para quem curte suspense, já está disponível na Prime Vídeo “Meu Nome Era Eileen”, filme produzido em 2023, tendo como base o festejado livro de Ottessa Moshfegh. Um suspense de arrepiar, não muito longo para quem gosta de maratonar sem se cansar.
Conta muito sobre aparências através da história de Eileen Dunlop (Thomasin McKenzie). Trata de temas como manipulação, desejos reprimidos, hipocrisia, abusos sexuais, incesto e outras questões que perturbam a sociedade desde sempre. A produção tem como eixo principal a vidinha sem graça de uma jovem tímida que trabalha num centro de reabilitação para jovens infratores em Massachusetts, nos anos 1960. Rebecca, interpretada por Anne Hathaway, a nova e glamorosa psicóloga do centro de reabilitação, chega como uma luz, encantando a jovem, que ao longo do filme mostra que faria de tudo para manter a amizade e o flerte com essa misteriosa recém-chegada meio “estrela de cinema”.
Eileen é o que se pode chamar de uma menina bonitinha esquisita. Aos olhos da comunidade, ela é uma consequência de seu pai, Jim (Shea Whigham), um ex-policial alcoólatra. E não é de admirar que a chegada da nova psicóloga do centro de detenção juvenil onde Eileen trabalha abra o seu mundo fechado. Rebecca não é apenas glamorosa e surpreendentemente moderna para os padrões do cenário dos anos 60.
O filme caminha com ingredientes ao estilo Hitchcock. Os toques sombrios nos imobilizam. Surpreendem. O ato final do filme promove uma reviravolta. Ancorado por uma incrível Marin Ireland como Rita Polk, a mãe de um dos presos mais notórios do centro de detenção. Rita faz um monólogo que enfatiza os horrores mais sombrios da complacência da pequena comunidade e todas as coisas que se espera que os seus residentes – as suas mulheres, na verdade – aceitem em nome do status quo e da manutenção de uma família. Seu relato é impactante.
“Meu Nome Era Eileen” é cruel, mas nos faz refletir sobre valores e o real sentido da existência humana. Portanto, já é um bom motivo para conferir.
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