Marília desarrumou tudo, diz analista sobre resultado de pesquisa.

A primeira pesquisa eleitoral deste ano feita depois que a deputada federal Marília Arraes declarou-se candidata a governadora caiu como um tsunami no quadro eleitoral já conturbado com o final do prazo da janela partidária, quando os deputados ficam livres para mudar de legenda. Marília, que havia prometido ao presidente do seu novo partido, o Solidariedade, ir para a cabeça nas pesquisas a partir de agora, aparece no levantamento, feito pelo Instituto Conectar, com 28% das intenções de voto. A prefeita Raquel Lyra, de Caruaru, tem 14% e empata com o terceiro colocado, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que tem 11% – a margem de erro é de 3,1%- , o prefeito de Jaboatão Anderson Ferreira tem 8%, e o candidato do PSB, deputado Danilo Cabral tem 6%.

Ouvido pelo Blog Dellas sobre a pesquisa, o economista Maurício Romão especialista em analíses estatísticas e políticas adianta que “Marilia nesse momento desarrumou tudo”. E conclui: “sua performance altera o quadro que estava desenhado (com um candidato da situação e três da oposição) porque é oposição ao PSB e, ao mesmo tempo, não faz parte do conjunto da oposição anti lulopetista. Vem forte, com números expressivos e tende a ser a protagonista política da eleição”. Romão acrescenta que é preciso esperar mais o desenrolar das coisas “para avaliar o impacto real, quer dizer, eleitoral”.

Para ele “o PSB é muito forte (ao contrário dela) tem uma base política expressiva e a caneta do governador, portanto, seu candidato vai crescer na campanha propriamente dita”. Ele ressalta também que na pesquisa espontânea para governador 78% dos eleitores ainda declaram que tendem a votar, branco, nulo, em nenhum dos candidatos ou não sabe e não respondeu. “O momento é ainda de alheiamento. Muita coisa vai mudar”.

Foto: Maurício Romão/Leo Motta/acervo JC