Lula busca reforçar autoridade como Presidente ao afastar comandante do Exército

A morosidade do comandante do exército, general Júlio César de Arruda, em tomar providência a respeito de militares da tropa, suspeitos de participar dos atos do dia 08 de janeiro em Brasília, seria o principal motivo que teria levado o presidente Lula a afastá-lo do cargo este sábado, segundo observadores da área. Lula, que havia dado declaração recente mostrando desconforto com a atuação dos militares, estaria sobretudo intrigado com o fato de o comando do Batalhão de Guarda do Palácio do Planalto, composto por militares do Exército, não ter sido afastado. O general Arruda teria pedido antes uma investigação, o que desagradou o presidente.

Lula chegou a declarar, após a depredação da sede dos três poderes, estar convencido “de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente (os invasores) entrar porque não vi a porta quebrada”- observou. O ministro da defesa José Múcio chegou a realizar um encontro esta sexta do presidente com os comandantes das três armas para alinhar posições mas, pelo visto, não houve êxito em relação ao Exército. Além do mais o comandante militar do sudeste, agora nomeado comandante da tropa no lugar de Júlio César , general Tomás Ribeiro Paiva definido como “legalista”, fez um contundente pronunciamento nesta mesma sexta em defesa da democracia, como divulgou este blog neste sábado pela manhã.

A fala é tida como um dos motivos que teria levado o presidente a, finalmente, se convencer de que estava ali o nome ideal para substituir Arruda. Além disso o novo comandante não traz dificuldades na linha sucessória pois é o mais antigo dos detentores de quatro estrelas no Alto Comando. O general Arruda, que assumiu o cargo no dia 28 de dezembro, ainda no Governo Bolsonaro, foi escolhido, assim como os demais comandantes da Aeronáutica e Marinha, pelo critério de antiguidade definido pelo ministro José Múcio como o ideal para evitar problemas ( na época as frentes dos quartéis estavam ocupadas por bolsonaristas). Não houve dificuldade até agora com as outras armas mas com o Exército sim.

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