Lula ainda é o grande eleitor do Recife. Bolsonaro tem a mesma influência de Raquel
Com 47% das pessoas dizendo que podem votar no candidato apoiado por ele, o presidente Lula é hoje o eleitor mais influente da eleição de 2024 no Recife, segundo o resultado da pesquisa do Ipespe/JC publicada hoje pelo Blog de Jamildo que traça um panorama do pleito a pouco mais de 10 meses de sua realização. Embora seja muito cedo ainda para ter uma idéia clara do que pode acontecer, o presidente teve 56,32% dos votos na capital no segundo turno de 2022, o que significa que perdeu uns pontos na influência do voto mas nada que possa prejudicar alguém em cujo palanque ele venha a subir.
Já não se pode dizer o mesmo da governadora Raquel Lyra que teve, em 2022, 65,32% dos votos recifenses mas neste momento só tem influência no voto de 21% dos habitantes da capital. O ex-presidente Jair Bolsonaro que teve no segundo turno do ano passado 43,68% dos votos do Recife tem sua influência no voto agora reduzida a 20%. Das pessoas ouvidas, 18% afirmam que o apoio de Lula reduz a possibilidade de votar em um candidato. No caso de Raquel este percentual é de 27% e de Bolsonaro de 57%. O ex-presidente é, de longe, o mais desgastado no cenário recifense.
Não à-toa o prefeito João Campos, apesar de ter 70% das intenções de voto, vem lutando com unhas e dentes para ter o apoio do PT. Como o ex-prefeito João Paulo, com 13% das preferências, é o segundo colocado na pesquisa, se o PT resolver lançá-lo ele pode herdar grande parte da influência de Lula e atrapalhar o prefeito que deseja liquidar a fatura logo no primeiro turno. Para conseguir isso, porém, João vai precisar abrir mão da vice para os petistas que têm como preferência o ex-vereador Mozart Sales.
Quanto ao candidato da governadora Raquel Lyra, o secretário de Turismo Daniel Coelho, o mesmo aparece no levantamento com apenas 5% das intenções de votos, o que significa que tem margem de crescimento para 21% se todas pessoas que dizem votar em um candidato de Raquel o apoiarem. Da mesma forma o candidato de Bolsonaro, ex-ministro Gilson Machado, que tem apenas 3% das intenções de voto, deve crescer mas a rejeição do ex-presidente que é de 57% pode levar pessoas que votariam nele a apostar em Daniel Coelho.