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Lançamento: Ucranianos vão ler a “pernambucana” Clarice

Clarice Lispector, uma das principais escritoras brasileiras, nasceu na Ucrânia em 1920. A sua família, dois anos depois, fugindo da guerra civil na Rússia e da perseguição a judeus, veio para o Brasil — primeiro Maceió, depois Recife, finalmente Rio de Janeiro. Já adulta, ela costumava dizer: “sou pernambucana”. E se lhe afirmavam, “mas você nasceu na Ucrânia”, Clarice retorquia: “lá só vivi pequenininha; nunca pisei o chão, eu era de colo”.

Agora, seu livro A Paixão, segundo G.H, teve versão lançada na Ucrânia, em plena guerra contra o totalitário Vladimir Putin. Trata-se de um mergulho psicológico na alma de uma mulher que se despersonifica ao encontrar e esmagar uma barata em seu guarda-roupa. Cada frase que encerra um capítulo abre o seguinte, mesclando interrupção com continuidade — e tirando o fôlego de quem acompanha a história. Ou seja: consegue ela, dessa forma, fazer com que o leitor, a partir de seu próprio universo psíquico, sinta a aflição da personagem.

A “pernambucana”, para glória do Brasil, em forma de livro está em chão ucraniano. Clarice morreu em 1977 no Rio de Janeiro.

Redação com veículos. Foto: Divulgação

E-mail: redacao@blogdellas.com.br

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