Imprensa internacional repercute Bolsonaro inelegível
Jornais de vários países estão repercutindo a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por atacar a credibilidade das eleições no Brasil. Bolsonaro fica inelegível pelos próximos oito anos, podendo se candidatar somente em 2030.
Na imprensa internacional, Bolsonaro é chamado de ultradireitista, e tem termos como golpe e mentiras relacionados a seu nome. O ex-presidente também foi chamado de ‘Trump dos Trópicos’ em um jornal estadunidense. A agência Associated Press, por exemplo, afirmou que o agora ex-político foi barrado pelo TSE por abuso de poder e por lançar ‘dúvidas infundadas sobre o sistema de votação eletrônica do país’. O The New Your Times destacou a decisão afirmando que o Tribunal desferiu ‘um golpe significativo no movimento de extrema direita do país’.
No britânico The Guardian, o ex-presidente aparece em um foto sorrindo, com o título da matéria destacando sua condenação por ‘mentiras’. “O futuro político do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro foi posto em dúvida depois que os juízes eleitorais o proibiram de concorrer ao cargo por oito anos por abusar de seus poderes e vender “mentiras imorais” e “terríveis” durante a eleição amarga do ano passado”, informa o texto.
Já no Washington Post, a reportagem indica que o militar sabia que as acusações eram falsas. “Como presidente, o “Trump dos Trópicos” repetidamente afirmou sem provas que os sistemas de votação no maior país da América Latina eram vulneráveis a fraudes”, reforçou o jornal.
Histórico: Uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), levantada pelo PDT, pede que o TSE declare inelegíveis o ex-presidente e Walter Souza Braga Netto, candidato a vice na chapa concorrente à reeleição à Presidência da República em 2022. A legenda os acusa de cometerem abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, durante reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022. A inelegibilidade deixa Bolsonaro fora das eleições de 2024, 2026 e 2028, podendo se candidatar apenas em 2030.
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