Humberto diz que plano do PT é Lula e apoio Raquel só com deliberação da direção estadual

De volta das férias, o senador Humberto Costa confirmou que é candidato à reeleição e condenou a discussão da posição do PT a nível estadual pelos jornais, deixando claro que não concorda com isso e que vai lutar pela união partidária: “o partido não pode cair em armadilhas” – ponderou. Sobre a possibilidade do PT vir a apoiar a governadora Raquel Lyra ele disse, em entrevista á Rádio Folha, que se dá muito bem com a governadora mas isso só acontecerá se houver um compromisso com a candidatura à reeleição do presidente e concluiu: “até o momento quem declarou que seu candidato em 26 é Lula foi o prefeito João Campos” .

Ele porém, não fechou as portas para Raquel.Indagado se via possibilidade de dois palanques para Lula no estado comentou: “isso já aconteceu no passado”. Reconheceu que há pessoas no partido que defendem o apoio á governadora mas que isso terá que passar pela direção estadual e até pela direção nacional. “ Não vai adiantar a posição individual de ninguém, nem de mim e nem de direções municipais, de quem quer que seja. Vai ser o conjunto que vai decidir, se isso for posto. E neste caso acho que até a direção nacional vai ser consultada”.

Melhor relação possível

O senador, que chegou a trocar telefonema com a governadora ultimamente, afirmou que tem “ a melhor relação possível com ela e também com o prefeito. Minhas conversas com Raquel são institucionais inclusive no caso de conversas políticas mas girando em torno de necessidades do apoio ao presidente Lula e a seu Governo que enfrenta dificuldades. Não tenho nenhuma dificuldade de conversar com ela”.

Ele esclareceu que quando o PT se colocou em oposição à governadora foi no início da gestão. “Discordávamos de algumas posições tomadas na ocasião mas deixamos a bancada estadual livre para votar com o Governo sempre que se tratasse de interesse do povo pernambucano, como tem sido feito. Agora se a bancada decidir que algo vai de encontro ao pensamento do PT e à sua postura pode votar contra sem problemas”.

Quanto á participação de petistas na Prefeitura do Recife e, se for o caso, no Governo estadual ele foi incisivo: “ não faço acordo político em troca de cargos. As pessoas do PT que estão na Prefeitura foram escolhidas pelo prefeito. Não tem ninguém do meu grupo lá. Disse ao prefeito que ele escolhesse e foi ele que escolheu com quem desejava trabalhar”.

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