Humberto diz que aliança com o PSB em 2026 não é automática
O senador Humberto Costa disse em entrevista com a imprensa esta quinta-feira que “ não há aliança automática do PT com o PSB para 2026”, mas deixou claro também que isto não está descartado porque, embora os dois partidos nos últimos anos tenham se desentendido em algumas ocasiões “em outras, como em 2022 e 2024 marcharam juntos”.
Ele confirmou que já se encontrou “ algumas vezes “ com a governadora Raquel Lyra mas ponderou que, decisões mesmo, o PT só vai tomar em 2026 e “girará em torno da reeleição do presidente Lula. O próprio presidente já definiu que nossas prioridades para daqui a dois são eleger o presidente, aumentar a bancada no Senado e na Câmara e em seguida definir a questão dos governadores e deputados estaduais”. Indagado sobre como está vendo a administração Raquel Lyra ele explicou que “há muitos projetos e ações em andamento mas há falhas na comunicação e na política.”
Reforma e vice em 2026
Humberto ressaltou que o presidente está para fazer uma reforma ministerial e, no que depender do PT, exigirá dos partidos com assento no Ministério compromisso claro de suas bancadas no Congresso. “ Hoje os partidos coligados tem 11 ministros mas isso não tem correspondido com as votações dos projetos governamentais na Câmara e no Senado”. Na sua opinião, a tendência é o PSD ganhar um ministério mais importante que o da Pesca – o partido tem mais dois ministros além do da Pesca, ocupado pelo ministro André de Paula – mas voltou a lembrar que vai depender do compromisso assumido.
Sobre a possibilidade do PSB continuar com a vice de Lula ele explicou que isso vai depender da conjuntura a ser formada em busca da reeleição do presidente: “ o MDB, por exemplo, quer se coligar com o PT e para isso deseja indicar a vaga de vice. Alckmin tem sido um vice excelente e muito elogiado mas o posicionamento do MDB demonstra que pode haver disputa por essa vaga.”
O senador vê a possibilidade do relacionamento do Presidente com o Congresso melhorar, sobretudo na Câmara. “Lyra era hostil. Hugo é mais afeito ao diálogo e ao entendimento e, ao contrário do que fazia Lyra, se dispõe a definir a pauta com antecedência para que o Governo possa ter tempo de analisar o que vai ser votado, o que não vinha acontecendo”. Acha que o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem bom diálogo com muitos deputados e isso ajuda nas discussões de projetos, “unificando sempre que possível o posicionamento das duas casas”.
Redação Blogdellas Foto: divulgação
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