Governo monta tropa de choque
para rebater Miguel e Raquel
Decidido a manter o seu pré-candidato a governador, Danilo Cabral(PSB), mais preservado do embate direto com a oposição e usando seu tempo para mostrar propostas, o Governo do Estado escalou uma tropa-de-choque na Assembléia para rebater os pré-candidatos Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho(UB), até agora os mais duros nas críticas à administração socialista.
Como enfrentou no máximo dois candidatos de oposição em pleitos anteriores, o que facilitou o trabalho para o líder do PSB na Alepe, Isaltino Nascimento, agora são quatro a combater. Os escalados para responder a Raquel e Miguel foram os deputados Tony Gel com a ajuda da ex-deputada Laura Gomes, ambos de Caruaru, e Lucas Ramos, de Petrolina. O primeiro embate se deu esta semana quando os dois pré-candidatos acusaram o governador Paulo Câmara de ter anunciado como novidade o repasse de R$ 222 milhões para a área de saúde dos municípios quando, segundo eles, esse é um recurso Constitucional que não foi pago na hora devida, prejudicando a população em meio à pandemia.
Na refrega não foram poupados nem os pais de Raquel e Miguel
O ex-governador João Lyra e o senador Fernando Bezerra Coelho. Lucas Ramos disse que o senador “ transformou a Codevasf em curral, atendendo somente aos seus redutos eleitorais enquanto o governador repassa recursos para todos os prefeitos”. Já Laura Gomes foi direta em cima de João Lyra afirmando que ele “entregou o Governo a Paulo Câmara com débitos na saúde .Já o governador vai repassar o cargo para seu sucessor, Danilo Cabral, um estado equilibrado e sem dívidas com as prefeituras”.
Na base da ironia
Enquanto Lucas e Laura foram prá guerra pessoal, o deputado Tony Gel, como é do seu estilo, preferiu a ironia. Disse que Raquel passou a semana “dando todo tipo de aula. Esse super PHD em saúde, gestão e relacionamento político(a candidata enfrentou dificuldades no relacionamento com os vereadores) deve ter sido concluído em tempo recorde”. Raquel não rebateu os ataques mas Miguel sim. O deputado estadual Antonio Coelho, líder da oposição na Alepe, acusou Lucas Ramos de “atuação apagada como deputado e secretário estadual, e agora apela para propaganda à beira da eleição”.
Marília e Anderson
Por enquanto não se tem conhecimento de quem vai se encarregar de responder a Anderson Ferreira (PL) e Marília Arraes (SOL) mas em entrevista a emissora de rádio de Caruaru, o próprio Danilo Cabral colocou Anderson no rol do bolsonarismo, discurso que o PSB queria remeter atoda a oposição mas ficou impedido com a entrada de Marília no jogo e que também apóia Lula. Mas há desconfiança de que esta tarefa caberá à deputada estadual Teresa Leitão, do PT, candidata a senadora.
A novela do senado
Prazo é o que menos de cumpre na verdadeira novela em que mergulhou a escolha do candidato ao senado pela Frente Popular. Primeiro durante dois meses houve uma guerra interna entre o PSD do deputado federal André de Paula e o PT que optou por Teresa Leitão e ganhou a parada, obrigando André a romper com a Frente. O PT deve ter feito mais de 10 reuniões durante o imbróglio mas até agora o PSB não se pronunciou oficialmente sobre a escolha, embora se saíba que Teresa é mesmo a candidata. Há, porém, todo um ritual a ser cumprido: domingo, em mais um encontro, o PT vai oficializar o apoio a Danilo e ,só depois disso, o PSB dará o sim.
Túlio e Marília
O deputado Túlio Gadelha que em 2020 virou dissidente do seu partido o PDT e apoiou a candidatura de Marília Arraes a prefeita, reagiu de forma enigmática em entrevista à Rede Pernambucana de Rádio sobre o seu candidato a governador. Agora no partido REDE que sefederalizou com o PSOL, Túlio disse que a federação apoia João Arnaldo (PSOL) para governador mas concluiu: o diálogo é necessário e vamos continuar dialogando”.
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