‘Glass Onion’, a sequência de ‘Entre Facas e Segredos’
Três anos separam “Entre Facas e Segredos” da continuação “Glass Onion: Um Mistério Knives Out”. Além de situar novos personagens, “Glass Onion” insere elementos que seriam estranhos no longínquo ano de 2019. A pandemia é o gatilho, de piadas básicas com máscaras faciais à montagem de uma ligação em grupo com cenários típicos do período, como o home office com a família, a festa em casa da socialite ou o cientista fazendo pesquisa sozinho.
Sabemos logo no início que os personagens são grandes amigos de um bilionário excêntrico, vivido por Edward Norton, que os convida para sua ilha particular por meio de uma caixa cheia de enigmas.
No convite está uma das duas provocações que disparam a trama. O encontro serve para descobrir quem é o assassino do anfitrião. A outra provocação é que o convite de alguma forma chega ao detetive Benoit Blanc, papel de Daniel Craig, protagonista que nem sequer conhece o ricaço. Essa premissa não dá conta de 10% do que acontece a seguir. De “Entre Facas e Segredos”, “Glass Onion” mantém intacta a adesão às histórias de Agatha Christie, partindo do roteiro calcado em reviravoltas complexas que desestabilizam o público.
Na verdade,o filme é uma crítica contra o mais ricos. Se em 2019 a sátira era voltada às velhas elites, que apoiavam Donald Trump por afinidade ou cinismo, o espelho da vez se volta aos gurus da tecnologia, encabeçados agora por Elon Musk. O filme é passatempo., quase um diversão banal. Já disponível na Netflix.
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