Vice que deu lugar a Victor Marques na chapa de João Campos, Isabela não é candidata este ano

 

Há quatro anos, ao tentar seu primeiro mandato como prefeito do Recife, o atual prefeito João Campos fez aliança com o PDT e escolheu para companheira de chapa Isabella de Roldão, realizando um feito inédito: Isabella foi a primeira mulher a ser eleita vice do Recife e a assumir o mandato nas ausências do titular durante viagens internacionais. Nos últimos meses ela tem representado a capital em encontros internacionais que envolvam sobretudo questões sobre o clima e o meio-ambiente. Agora, a seis meses do fim do mandato, Isabella perdeu as chances de se candidatar a cargo eletivo – para isso seu partido, o PDT, teria que ter montado uma chapa de candidatos a vereador – e não se sabe em que palanque vai subir. Não que deseje ficar longe de João, mas porque o PDT não se definiu sobre a eleição no Recife.

O partido foi recebido com pompa e circunstância no Palácio das Princesas pela governadora Raquel Lyra, em fevereiro deste ano, para a posse do atual secretário de criança e juventude do estado, Ismênio Bezerra, indicado pelo presidente nacional do PDT, ministro Carlos Lupi, presente na solenidade. Na época se cogitou sobre a possibilidade de Isabella acabar integrando o Governo Raquel e de que o PDT viesse a apoiar o candidato a prefeito da governadora, Daniel Coelho, o que até agora não aconteceu, embora a convenção do PSD, partido ao qual Daniel está filiado, esteja marcada para este sábado.

Isabella, a pioneira, também não vai ver seu lugar ser ocupado por outra mulher, caso João seja reeleito. Há quatro anos, a dobradinha João/Isabella foi escolhida a dedo para vencer a candidata do PT, Marília Arraes, uma mulher. Tudo a ver com a ascensão feminina na política estadual quando Luciana Santos foi eleita vice-governadora junto com o governador, Paulo Câmara, em 2018. Em 2022 venceram três mulheres, Raquel e Priscila para o Governo e Teresa Leitão para o Senado. Agora no Recife há uma mulher candidata a prefeita, Dani Portela (PSOL) com uma vice Alice Gabino, da REDE. Dos candidatos a prefeito por outros partidos, Daniel Coelho escolheu uma mulher como vice, Mariana Melo, ex-secretária da mulher do estado.
 
Tulio Gadelha atrapalhou?

Esta questão do PDT com Raquel e com o Recife foi articulada pelo deputado federal Tulio Gadelha quando ainda alimentava a esperança de ser o candidato a prefeito pela Federacão PSOL/REDE. A idéia dele ela que Raquel estreitasse os laços com Lupi, e o ajudasse a consolidar mais uma candidatura pela oposição. O sonho de esvaiu e o PDT ficou a ver navios. Não se sabe se ainda pode apoiar Daniel ou mesmo João Campos, levando Isabella junto. A conferir.

Datena pode ajudar Raquel

Pesquisa divulgada esta terça-feira sobre o quadro eleitoral na capital paulista mostrava empate técnico entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luis Datena (PSDB). A não ser que ainda desista da disputa, Datena pode chegar ao segundo turno. Se isso acontecer quem vai estar bem na fita é a governadora Raquel Lyra. Ela trabalhou no sentido de afastar o PSDB, seu partido, da candidata do PSB e namorada do prefeito João Campos, Tábata Amaral. Este afastamento e a resistência de tucanos a apoiar o prefeito Ricardo Nunes levou o partido  a procurar Datena, então quase vice de Tábata, para que ele fosse candidato. Quem sabe Raquel não acabe ajudando os tucanos a voltar a governar a cidade de São Paulo.

Que rumo vai tomar o PDT na eleição do Recife?

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