Vagas no TCE podem ser preenchidas através de acordo em torno de Débora Almeida e Eduardo Porto Barros

Apesar de existirem pelo menos meia dúzia de pré-candidatos à vaga de conselheira do TCE que será aberta com a aposentadoria de Teresa Duere, prevista o para junho e cujo preenchimento é prerrogativa da Assembléia Legislativa, desde a última sexta-feira tiveram início nos corredores da Alepe tentativas de um acordo em torno do assunto que beneficiaria a deputada estadual Débora Almeida(PSDB) e o advogado Eduardo Porto Barros.

Para que esse acordo seja concretizado seriam necessárias duas vagas com a aposentadoria, ao mesmo tempo, de Teresa Duere e do também conselheiro Carlos Porto. Porto só atinge a idade limite em 2025 mas estaria disposto a antecipar sua saída para que o entendimento fosse concretizado. Ontem, já era patente entre os deputados essa possibilidade, embora todos os pré-candidatos continuassem a pedir votos. Inclusive Débora que estava um pouco retraída mas recebeu carta branca da governadora para começar a trabalhar seu nome junto aos colegas.

Caso isso aconteça, Raquel passaria a ter dois nomes de sua confiança entre os conselheiros. O advogado Eduardo Porto Barros é filho do conselheiro Carlos Porto e começou a ter seu nome cogitado para uma vaga no TCE desde que foram iniciadas as discussões sobre a aposentadoria do pai. Carlos Porto forma no Tribunal uma dobradinha com Teresa pois os dois foram deputados estaduais na mesma época. A opção de Raquel por Débora afasta das cogitações o nome da atual procuradora do estado Bianca Teixeira, que entrou no radar da governadora para o caso de Débora não topar entrar no páreo. Raquel defende o preenchimento da vaga de Teresa por uma mulher, de forma a garantir a presença feminina na cúpula do TCE.

Independência pode frustrar

A postura de independência da Alepe, que ganhou corpo desde que a eleição da mesa diretora não passou pelo Palácio e foi definida pelos deputados, é uma incógnita diante da possibilidade desse acordo. Por isso optou-se por preencher logo as duas vagas, afastando dissidências. Quanto a Débora ela se beneficia também de um pré entendimento que fez com os deputados Kaio Maniçoba(PP) e Joaquim Lira (PV). Os três concordaram em pedir votos em separado mas, no final, se unirem em torno do nome dos três que se mostrasse mais viável na disputa pelo voto.

Priscila na berlinda

A bancada do PSB na Assembléia está com um pé atrás em relação a Raquel, por ela deixar clara a decisão de ficar longe dos socialistas, e agora, também, da vice-governadora Priscila Krause. Na reunião de Raquel com os deputados houve murmúrio quando o deputado José Patriota(PSB) pediu a palavra e Priscila solicitou que ele fosse breve porque estava esgotado o horário. Depois, ao encerrar o encontro, Priscila afirmou que ficou 8 anos na Alepe e nunca viu um governador abrir diálogo com os deputados como Raquel. O deputado estadual Waldemar Borges não deixou por menos nos bastidores “Realmente tem muita novidade por aqui como disse a vice-governadora. Uma delas é o fato dela ter vindo aqui pedir urgência em projeto do Executivo quando sempre se posicionou contrária a isso na época do PSB”.

Gouveia no páreo

O primeiro secretário da Assembléia, deputado Gustavo Gouveia, está disposto a analisar a possibilidade de se candidatar a prefeito de Carpina, enfrentando o candidato do atual prefeito, Manoel Botafogo. O irmão de Gustavo, Marcelo Gouveia, é prefeito de Paudalho e o grupo quer fincar cada vez mais raízes na Mata Norte. Bons de articulação, os Gouveia se fortalecem a olhos vistos.

Paulo e João unidos?

Apesar do ex-governador Paulo Câmara ter se queixado do prefeito do Recife, João Campos, por ele não ter priorizado seu nome nos entendimentos de Lula com o PSB, esta segunda-feira os dois ficaram lado a lado em celebração de convênio entre o Banco do Nordeste, agora presidido por Câmara, e o Porto Digital no valor R$895,00 para beneficiar estudantes do programa Embarque Digital, do Porto, em parceria com a Prefeitura do Recife.

Pergunta que não quer calar: Paulo Câmara e João Campos fizeram mesmo as pazes ou só posaram para a imprensa?

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